Dragon Ball Z: Battle of Z

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Desde os meus primórdios como jogador de video-jogos há gêneros de jogos que me acompanham. Comecei cedo com os J-RPGs, sempre gostei de Plataformas e devo ser uma das poucas pessoas do mundo que ainda se empolgam com um antiquado Beat ‘em Up. E entre tantos gêneros, existe o que considero um gênero próprio, dada a sua onipresença em toda a minha vida de jogador: o gênero Jogo de Dragon Ball.

Não lembro de um período de minha vida que não houvesse um desses que eu jogasse. Mesmo na época em que sofria de uma maldição que me obrigou a pular do PlayStation 1 diretamente para o Nintendo Wii, eu ainda me mantinha jogando uma cópia “Bota-de-Perna” de Dragon Ball Z: Super Butouden 2 no meu Super Nintendo.

Representação meramente ilustrativa do meu jogo de Snes.

Representação meramente ilustrativa do meu jogo de Snes.

Battle of Z é a iteração mais recente da franquia, tendo sido lançada para PS3, XBox 360 e PS Vita, e sem fazer muito mistério sobre minha opinião sobre a mesma, eu gostei do jogo. É um jogo perfeito? Longe disso. É o melhor da franquia? Também não diria isso. Mas então existe algum ponto em sequer joga-lo? Para mim sim, mas logo chegaremos em ambos os seus pontos positivos e negativos.

Battle of Z não é um jogo de luta tradicional. Como outros jogos de DBZ antes dele, você tem uma visão por cima do ombro em terceira pessoa, um campo de batalha por onde você pode se mover em 3 dimensões e seu adversário. A novidade é que agora você terá mais 3 personagens, controlados pelo computador ou por outros jogadores online, constituindo-se um time de Guerreiros Z. É claro que seu inimigo também poderá ter a patota dele, com até 6 personagens do lado dele num mesmo momento. E é nesta dinâmica de Batalhas em Equipe que estão as grandes fraquezas e forças do jogo.

Teamwork é tudo nesse jogo.

Trabalho em equipe aqui é tudo.

No começo não é muito difícil passar por cima de qualquer inimigo com seu timezinho formado, no entanto com o avanço do jogo a AI oponente torna-se mais e mais forte, o que seria algo ótimo, não fosse o fato de que a AI aliada é mais incompetente do que servidor da EA em dia de lançamento de jogo novo.

Porque se você quiser fazer pré-compra de um jogo pra joga-lo no dia do lançamento FUCK YOU.

Acho que nem preciso colocar uma piada aqui…

Não raramente, em momentos de necessidade, seus companheiros irão se contentar em apenas assistir enquanto você é surrado por um combo de um inimigo, gang-bangueado por um grupo deles, ou simplesmente ficarão olhando para o seu corpo estirado no chão enquanto o contador de tempo para ser revivido aproximasse do inevitável zero, penalizando você com a perda de uma vida, que são limitadas por missões, e cujo uso afeta seu Ranking ao final das mesmas, que é responsável pelo destravamento de novos personagens. E falando em vidas, estas são compartilhadas por toda a equipe, então você constantemente se desdobrará diversas vezes por combate para resgatar o Kuririn que acabou de cair, apenas para ao fazê-lo se tornar alvo do Freeza, beijar a lona e ver o parceiro que você salvou voando para longe sem olhar para trás, tal qual aquele colega de sala de aula que você carrega durante o semestre inteiro com você, mas que no final não coloca seu nome no grupo dele quando você falta aula.

Careca Maldito.

Careca Maldito.

Mas mesmo com estes e alguns outros defeitos (balanceamento de personagens, missões repetitivas e falta de multiplayer local), eu ainda fui capaz de extrair uma boa quantidade de diversão de Battle of Z. O que no começo parece não ser nada além de um “esmaga botões” com o tempo torna-se um pouco mais estratégico. Simplesmente voar para cima do inimigo e tentar soca-lo sem parar, ou tentar manter distancia lançando raiadas de Ki seguidas, deixam de ser formas de ataque efetivas, obrigando você a prestar mais atenção às ações do inimigo.

Os personagens tem funções distintas, o que concede alguma importância à escolha dos membros de sua equipe. É claro que, como comentado anteriormente, a AI aliada poderá te deixar na mão, mas aí que entra o aspecto mais divertido de Battle of Z, especialmente se você e seus amigos cresceram assistindo o anime. Juntar um grupo de 4 pessoas, jogar Dragon Ball Z em multiplayer cooperativo e descer a porrada no Broly (ou ao menos tentar) é bastante satisfatório. A cooperação é de fato essencial para derrotar os inimigos mais poderosos, e conseguir combar um Max Synchro ou um Chain Max, que são ataques realizados em conjunto com os demais membros de sua party, sempre trás um sorriso ao meu rosto, e urros de empolgação no chat de voz.

Dragon Ball Z: Battle of Z é o tipo de jogo que tem defeitos demais para que eu classifique como um “jogo muito bom”, porém a diversão que ele tem me proporcionado mais do que vale o preço que paguei por ele. Não recomendaria este jogo a qualquer pessoa, mas se você for fã da franquia, tiver um grupo de amigos interessados e esperar um pouco por uma queda no preço (ou por uma boa promoção), este título pode lhe render boas horas de entretenimento em frente ao seu console, e até algumas batalhas épicas ao lado de seus amigos.

Super Sayanda

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Sou um General do Panda, Nunca Viu?
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7 respostas para Dragon Ball Z: Battle of Z

  1. Ken-Oh disse:

    AEEEEE!!!! Vcs falando de um jogo que joguei,até que em fim.

    Bem como mesmo dito por você Battle of Z não é um grande Jogo de Dragon Ball, mas ele é muito divertido. Porém curto eu mesmo joguei, zerei, lutei online e larguei de mão. Nem sequer vou tentar platinar, pois ele simplesmente possui troféus impossíveis de conseguir.

    Só acho idiotice a galera tentar compara ele a serie Tenkaichi Budokai (a melhor serie de games de Dragon Ball ao meu ver) pois esse jogo é praticamente a evolução do Dragon Ball History do Ps1.

    Um jogo divertido porem peca pelo desequilíbrio gigantesco dos personagens, falta de multiplayer local (apesar do multiplayer online ter um omito servidor) e gráficos bem aquém do esperado. Daria um 7,7 pro jogo.

    E Panda só por curiosidade qual é o seu personagem favorito no Jogo ?

    • Às vezes não entendo também a necessidade de se comparar jogos que, mesmo sendo da mesma franquia, são visivelmente diferentes em estilo de jogabilidade.

      A primeira vez que vi esse jogo me lembrei de um que joguei muito no PS1 também, mas cujo nome não me lembro. Só sei que era um jogo graficamente fraquíssimo, mas como eu nunca fui de ligar pros gráficos eu curtia bastante porque era possível seguir a estória do anime de maneira extremamente fiel.

      Ainda não terminei o jogo, dei uma brecada no começo da Saga do Buu pra acompanhar alguns comparsas que pegaram o jogo agora na promoção, então no momento os dois personagens com quem mais gosto de jogar são o Trunks do Futuro SSJ (o normal, não o Trunks Mano de Academia) e o Gohan Criança SSJ2, com seu ”Chute Aéreo Cruel do Demômio” (que é de fato o nome em português do ataque no meu Vita XD).

      • Ken-Oh disse:

        O do PS1 é o Dragon Ball Z History. E se vcs quiserem uma mão é só chamar se não me engano quando parei já tava no level 350 ou 400 e alguma coisa e uso o Goku SSJ 3 que é um dos mais usados no modo online. Os outros 2 mais usados no Online são Bills, O Deus da destruição e o Goku SSJ God. E uma dica pra vcs,sempre usem dois personagens corpo a corpo, serio os caras que são baseados em Ki são horríveis.

        • Eu tenho jogado mais pelo Vita ultimamente, e lá o pessoal parece variar mais de personagens. Menos na hora de escolher um parceiro AI, nesse caso é sempre a Android 18 xD

          A ajuda é apreciada, só não vou poder dar certeza de um dia, mas adiciona lá na PSN: ”viktorandrade”. Se rolar mesmo eu aceito a ajuda.

    • Mega Mendigo disse:

      Tenkaichi Budokai realmente é uma série de jogos muito foda (joguei todos, até a versão pirata com o Vegeta maloqueiro). Quando vc disse “desequilíbrio gigantesco de personagens”, o que ocorre é uma diferença de poderes devido ao histórico de cada personagem na série de TV(on no mangá) ou é simplesmente uma coisa meio zoada no jogo? (pergunto isso por não ter jogado Battle of Z ainda!)

      • Caraca, não faço ideia do que seria o ”Vegeta maloqueiro” já que pulei a geração do PS2 como um todo XD
        No geral é mais pela diferença de poder dos personagens em si. O Broly é um monstro, enquanto o Yamcha…. bem, é o Yamcha. Eu realmente vejo os personagens de temporadas mais avançadas como, no geral, muito mais fortes que os de sagas anteriores, o que faz perfeito sentido, mas não deixa de ser um desequilíbrio no jogo já que você se sente desmotivado a tentar jogar com um Kuririn da vida.

        Existem exceções como o Gohan SSJ2 criança ser mais forte do que o adulto, e há casos em que mesmo sendo mais fraco, os personagens podem ser mais legais de se jogar (Trunks SSJ com a espada é bem mais divertido do que a versão Mano de Academia dele). Mas como disse, são exceções, e, no geral, uma vez que você habilite o Goku SSJ2 não há mais razões pra se jogar com o Normal ou SSJ1.

        Desculpa a demora pra responder, Mega Mendigo. Por algum motivo o anti-spam do site decidiu te jogar pra pasta de spams e só fui fazer a fiscalização dos Spams hoje. Mas valeu mesmo por comentar.

      • Ken-Oh disse:

        Cara o problema da diferenciação é simplesmente que o personagem mais fraco não tem a mínima chance de ganha o mais forte.

        Vamos utilizar o Budokai Tenkachi 3 de exemplo, Numa luta do Vegeta maloqueiro (creio que seja o Vegeta que não vira Super Saiyajin e tinha um especial que exprudia o inimigo) for lutar contra um Goku SSJ3, mesmo o Goku sendo mais forte tendo a vantagem da transformação, se você lutar usando uma boa estratégia e contra atacando você ainda pode vencer a luta sem problemas.

        No Battle of Z não se o Vegeta maloqueiro tomar uns 3 golpes do Goku SSJ 3 já era, nem se vc for o fodão do jogo com todos os equipamentos bolados equipado no Vegeta.

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