Eiyuu Densetsu, Esse é uma serie que eu adoro, eu realmente esperava muito por este jogo! se não fosse por alguns bugs terríveis, Zero no Kiseki teria sido meu jogo favorito do ano passado. Mas esse aqui é um início pra uma nova saga em uma nova plataforma. O que significa infinitas possibilidades, tanto pra dar certo quanto pra dar errado…
– Estória
Esse jogo se passa na cidade de Trista, onde o protagonista ira morar até se formar na academia militar de Thors. Lá ela descobre que foi incluído em uma classe especial de elite onde não há separação por classe social ou notas, todos vestem vermelho e usam um aparelho especial ainda em teste chamado ARCUS para se comunicarem, usarem magias e outras coisas. Agora os alunos da classe especial 7 terão que não apenas enfrentar desigualdades sociais e terroristas, como também terão que se preocupar com seu desempenho acadêmico.
A verdade é que o enredo desse jogo é, sem sombra de dúvida, muito similar ao de Final Fantasy Type-0, mas ele consegue se distanciar o bastante do clima cruel e frenético presente em Type-0 por usar muitos elementos de comédias românticas, o que torna o ritmo dos eventos bem mais lentos e alegres do que um fã dessa série esperaria.
– Personagens
Tem um monte de personagens nessa estória, só de jogáveis tem 11, mas ainda há personagens NPCs que são tão importantes quanto os jogáveis. Pra facilitar as coisas, resolvi falar apenas daqueles que vi ter mais relevância durante o jogo em geral:
Rean Schwarzer
O protagonista. Um jovem plebeu de origens desconhecidas que foi adotado ainda bem jovem por um duque que o criou como filho de sangue. É muito gentil e modesto. Se preocupa mais com os outros do que com à si mesmo. Ele despertou um poder misterioso ao proteger a irmã mais nova de um urso quando eram crianças. Desde então ele treina a arte da espada com um dos mestres mais poderosos do mundo como forma de controlar a imensa força que ganhou. Sua ida à Thors também foi por esta causa.
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Emma Millstein
A heroína principal. Uma descendente de um clã lendário de bruxas que achava-se ter desaparecido ao final da era das trevas, junto com todos os artefatos anormais e magias que transcendiam as leis deste mundo. Ela esconde sua identidade enquanto trabalha em uma missão junto de sua avó Celine.
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Fie Claussell
A filha adotiva do mercenário mais poderoso de todos os tempos, aquele que foi conhecido como “rei dos soldados”. Ela foi treinado ainda muito jovem e já tem mais experiência em combate do que qualquer um do grupo. Ela esconde sua força por um bom tempo para não se afastar muito dos colegas, mas eventualmente acaba revelando seu passado e se esforçando ao máximo para protege-los. Seu pai adotivo faleceu, mas o grupo dele ainda está ativo e participando de um evento que irá influenciar o mundo inteiro. Eles procuram por ela já que à consideram a “princesa da guerra”.
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Crow Armbrust
Ele começa como um veterano para os alunos da classe 7. Ele dá uma péssima primeira impressão para todos ao parecer ser apenas um mero bufão, enquanto, na verdade ele é muito mais capaz do que qualquer outro membro. Ele se torna um membro vital do time quando se junta à classe 7 para adquirir os créditos necessários para se formar, porém, ele tem outros motivos para se unir ao grupo…
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– Jogabilidade
O sistema é praticamente o mesmo encontrado em Zero no Kiseki, com a adição de um sistema de “Link” entre os personagens que é muito similar ao encontrado na série Persona, mas sendo consideravelmente mais simples aqui. Assim como nos jogos anteriores, é possível apenas o círculo para executar um ataque fora de combate para atordoar os inimigos no mapa. Esse ataque muda de acordo com o personagem que está liderando, mas a verdade é de que a maioria desses ataques são bem inúteis, ineficazes ou bem inferiores ao de Rean.
Diferente da visão isométrica usada em todos os jogos da série, esse é o primeiro que é totalmente poligonal, o que facilitou para os criadores usarem a câmera por cima dos ombros que é usada em praticamente qualquer outro jogo de hoje em dia. Isso infelizmente influenciou muito mais na jogabilidade do que eu desejaria, já que isso passa uma sensação de profundidade muito errada, o que resulta em encontros indesejados com inimigos durante as Dungeons. Falando em Dungeons, elas foram bem simplificadas, perdendo a maioria das gimmicks presentes nos jogos anteriores, tendo no máximo uns botões para abrir portas ou pontes, o que às torna simples tocas entupidas de bichos com um chefe no final.
– Gráficos
Os gráficos desse jogo são bem questionáveis. Isso já era de se esperar, já que esse jogo foi feito na mesma Engine do Ys – Celceta no Jukai. Porém, os gráficos aqui são bem mais descentes! O que realmente não deve significar muito…Em certos momentos eles parecem bem bonitos mas, digamos que em momentos cruciais ele deixa a desejar. Monstros e cenários são as coisas mais bem feitas neste jogo, eu suponho que o time que ficou encarregado disso tinha mais experiência em criar modelos poligonais porque eles já faziam os cenários e alguns monstros chefes dos jogos anteriores com polígonos em tempo real. Enquanto isso, o time encarregado de fazer os humanos não se saiu tão bem…
– SonsA dublagem é ótimo…quando tem. Esse jogo prometeu ter 10 vezes mais vozes do que os jogos anteriores (considerando suas versões originais para o PSP) isso deve significar que o ultimo jogo era praticamente mudo. Tem umas “Skits” dubladas durante algumas dungeons, mas elas são bem curtas e não conta como muito.
As músicas de Zero no Kiseki eram umas das melhores que já ouvi em um jogo. As músicas de Ys eram medíocres e esquecíveis, já as desse jogo são Muito melhores do que as de Ys (o que, novamente, não significa muito coisa) mas não chegam a serem tão memoráveis quanto as do Zero no Kiseki. Ainda assim, vale a pena caçar essa trilha sonora!
– Now LoadingEssa é uma mensagem que você vai ler muito se realmente decidir jogar todo esse jogo. Um defeito de programação fez o jogo demorar muito mais tempo que deveria pra carregar coisas simples. Pra piorar, os responsáveis pelo jogo não criaram modelos simplificados de cidades e personagens para serem usados em cut-scenes, o que significa que, em cenas estilo “cinematográficas” onde mostram primeiro o lado de fora de um prédio antes de mostrar os personagens que estão conversando dentro, o jogo tem que carregar a cidade inteira primeiro, o que demora pelo menos uns 30 segundo, e já que a cena do lado de fora dura uns 3 segundos, o jogo tem que carregar por mais uns 30 segundos pra carregar a parte de dentro do prédio. 1 minuto pra uma cena pode não soar como muito, mas experimente isso por mais de 60 horas de jogo. Imagina então se você entra na casa errada…
– Em fimEsse é um jogo que foi além do que se esperava dele. Eu, na verdade, quero dizer isso no melhor dos sentidos. O final deste jogo é genuinamente impressionante e deixa muitas boas promessas para o futuro. O problema é aturar as longas horas em que o jogo tenta te enganar com um slice-of-life escolar. Acho que estou mais seguro ao esperar pelo Ao no Kiseki Evolution.
Ótima analise, é um dos melhores jogos de JRPG da 7° Geração e nao vejo a hora de sair o 2° pro ocidente