Ei! Eu quase me esqueci desse jogo quando Tales of Hearts saiu, deve ser porque esse jogo é bem esquecível mesmo. Mas decidi dar mais uma chance pra Shining Ark já que eu tinha gostado muito do Shining anterior (nenhuma relação com Stephen King aqui!).
Tony
Taka
Time
– Media. Vision
Alguém lembra da “Media. Vision”? São só uns Zé ninguéns responsáveis por joguinhos como Wild Arms e os mais recentes Chaos Rings. Eis que são eles que estão por trás desse Shining Force dessa vez! Tenha boas expectativas pois eles nunca fizeram um jogo ruim…Né?
– Estória
Okey! A situação é meio confusa, mas é mais ou menos assim: Na ilha de Arcadia existem muitos piratas invasores que atacam todo o dia querendo dominar o lugar, então se você chegar balançando uma espada, gritando como um maníaco e disparando fogo pra tudo que é lado, você é do mal, mas se você vier a pé pela porta da frente sem fazer barulho, você é convidado de honra. Sim! O povo de lá é super amistoso, isso leva eles a adotarem desconhecidos como o protagonista Fried e a misteriosa Panis. Fried ainda era criança quando encontrado inconsciente e com amnésia em uma praia. Ele foi adotado com uma família de elfos pois eles eram o único casal da vila (Sério? Cara, esse pessoal ta condenado). A propósito: Essa vila é praticamente um zoológico! Tem de tudo, cachorro, leão, elfos, gat…Perai! Não tem Cat Girl em um jogo japonês? Cara, isso é aterrador!
Fried um dia encontra uma anjo na praia e decide criar a animal já que era tão bonitinha/gostosa. Todos na vila parecem concordar, exceto esse sujeito chamado Jin.
Qual é a tua Jin? É sempre você o único a dar um passo pra traz em qualquer situação! E qual é a desses olhos puxados? Agente tá em um jogo japonês sabia? E porque você é o único com essas roupas orientais em um mundo de fantasia medieval? Para de me olhar com essa cara de sonso e me resp…AAAaah! Saquei! Ele é chinês! Há Há Há! Claro! Chineses sempre são uns lerdos, covardes e chatos do contra. Assim como brasileiros sempre são altos, magrelos, morenos, beiçudos, preguiçosos com cabelo dread e chamados Rodrigo!
Há Há Há! Tony Taka! SEU RACISTA! Porém, nem tudo é são maravilhas e gigantes aparecem (literalmente) do nada para destruir a vila! Cabe a Fried e seus amigos defender sua família e amigos e desvendar os mistérios por traz desses monstros e sua ligação com Panis.
Sim! A trama é meio fraca, mas esse jogo sobre de um defeito ainda pior: A falta de vilões. Isso mesmo, não existem antagonistas no enredo. Os piratas são tão amistosos que parece até que eles vão tomar um chá juntos mais tarde (à propósito: Todos eles viram aliados mais tarde). Os gigantes não tem personalidade, não tem inteligência, não tem objetivo nenhum e quando você descobre de onde eles vieram fica ainda mais idiota. Até o ultimo chefe é um bicho aleatório.
– Personagens
Certo! A estória é simples e não muito interessante! Mas se tem uma coisa bem feita nesse jogo, são os personagens! Eles continuam tão ou mais carismáticos quanto o ultimo jogo! E dessa vez não há personagens estúpidos e desnecessários (estou olhando pra você, irmã do protagonista de Shining Blade!). O character desing é outra questão…é meio genérico e desinspirado, suponho que, durante a época de Shining Blade, Tony Taka tinha sido “iluminado”. Há Há! Desculpe! Não faço de novo!
Fried Karim
Herói genérico, mas boa gente! Tem um misterioso poder de enxergar em câmera lenta e se mover super rápido! Acho que ele é na verdade um cyborg, rápido, procurem por um dispositivo escondido nos dentes! Ele luta com espada, hora bolas! O que você esperava? Tonfas?
Panis Angelicus
Caso você ainda não tenha notado pela asa, roupa ou nome, Panis é um anjo…Ou não! É tão na cara que isso pode ser um truque! Ela tem aquele caso super coveniente de amnésia onde você só esquece sobre si, mas ainda sabe seu próprio nome e tudo sobre o mundo em sua volta. Panis tem uma idade mental de 5 anos, e Fried se apaixona loucamente por ela! Isso faz dele um pedófilo? Sei lá, seja você o juiz!
Shannon Milfy
Shannon é a irmã adotiva de Fried, ela é claramente apaixonada pelo irmão e todos já perceberam isso, mas Panis chega pra empatar a foda dela. Ela respeita a lei élfica e usa um bom e velho arco e flecha, se tornando sua melhor “sniper” e curandeira.
Zynga Varga
Ele certamente não é nenhum lobo com garras de Wolverine que luta Kung Fu, mas serve. Zynga é um caçador/pescador e o mais experiente em combate na ilha, lutando sempre lança e escudo. É muito responsável e maduro. O melhor amigo do Fried e age como um irmão mais velho pra ele.
Kilmaria Aideen
Uma exorcista muito louca que veio causar altas confusões nessa ilha do barulho! “Kill-Maria” kick ass for the lord e decide que Panis é o capeta, já que nem ela parece muito convencida por essa estória, ela decide ficar pra ajudar o pessoal a se livrar de todos os piratas e gigantes. Ela usa um par de pistolas porque alguma lei não escrita proclama que freiras sempre usem isso.
α-DAM
Esse carinha ensina para Kunzite que, mesmo sem sentimentos, robôs ainda podem ser “gente boa”. Mas é claro que, eventualmente, ele desperta emoções, o que o torna ainda mais legal! Robos não precisam de armas quando eles em si são uma arma letal! Agora todos dançando: “Never gonna give you up, never gonna let you down…”
Velvet Batrass
Uma pirata gostosa pra caralho que se veste de maneira desnecessariamente erótica (já que ninguém no jogo se excita por ela). Ela já é uma poderosa espadachim usando um florete, mas ainda busca um poder especial, qualquer coisa que a torne muito poderosa porque…porque eu não sei! Que coisa heim! Bem, ela é gostosa então tudo bem!
Levin Williams
Ah é! Williams é sobrenome, havia até me esquecido! Sugita é o mais fodão dos 3 piratas que atacam Arcadia. Rumares dizem que ele foi um príncipe, mas a verdade é que ele era um militar de rank alto que sonha em construir o seu próprio pais na ilha, onde ele poderá construir suas próprias regras e criar um lugar pacifico e seguro para todos. Se ao menos ele não tivesse chegado na vila atirando com os canhões, o pessoal teria aceitado ele sem problemas. Ele luta usa um rifle com baioneta, tornando ele útil tanto de longe quanto de perto.
Sakuya
Há Há Há Há Há Há! Sério: Que porra de roupa é essa mulher? Vai trocar essa roupa sua tosca! Você não tá convencendo ninguém com esse papo de “sou uma beldade misteriosa”. Não com essa roupa de “Ceifador-Mosqueteiro-Swashbuckler”. O que? “Viola”! Que porra de Viola o caralho! Todo mundo sabe que teu nome é Sakuya! Não ta enganando ninguém! Agora vai se trocar!
Não! Não pra uma roupa de anjinho! Você não tem mais idade pra isso mulher! Você mas já deve ter uns trinta anos, aceita isso e cria um pouco de vergonha! E o que aconteceu com a tua katana? Vai mesmo usar essa foice agora?
Dr. Ivo Robotnik
Já que esse jogo é da Sega, o velho Eggman faz uma perticipação especial nesse jogo com um vilão inicial e continua o mesmo gordinho carismático de sempre! Ele ainda causa encrencas em uma ilha misteriosa cheia de animaizinhos antropomórficos e quer novamente roubar esmeraldas e outros tesouros, mas um heroi super-rapido arruina seus planos mais uma vez. Por algum motivo ele usa o alter-ego de “Bucchus Bacchanale” e diz ser um pirata, mas já entendi: Deve ser que nem quando o Rei K. Rool decidiu ser um pirata e se tornou o Capitão K.Rool.
A Praia
É claro! Não vamos esquecer a maior heroína de toda essa franquia, aquela que está presente em todos os jogos e sempre salva a vida de todos os heróis da série: A Praia! Dessa vez os protagonistas Fried e Panis devem suas vidas à ela, mas ela nunca cobra nada. Tá certo de que muitas vezes ela acaba apagando a memória de alguns por acidente, mas não se pode negar que ela é sempre cheia de boas intenções….e água…e areia…
– Gameplay
O sistema de luta é praticamente o mesmo, com a principal diferença de que agora existe uma ordem para o turno de cada personagem, e a ordem é definida por um novo valor de velocidade, isso é legal porque você fica mais livre pra usar todos os personagens que você botou em batalha. Um downgrade em relação ao jogo anterior é que você só tem 3 personagens na batalha, isso porque a Panis sempre é obrigatória em todas as batalhas e ela é uma tremenda pedra em seu sapato. A menina não faz nada que preste, você pode “pedir” pra ela fazer coisas como atacar, mas ela vai quase sempre dizer não e fazer coisas aleatórias como chamar atenção dos inimigos ou usar itens à toa. Na metade do jogo você pode botar ela pra cantar um J-Pop mágico que te da bônus em status (eu sei! Isso soa estúpido! Mas lembre-se: Enredo bosta – Personagens legais), mas mesmo isso não é tão útil assim e certamente não substitui um personagem extra. Pra ela fazer algo que preste você tem que melhorar o humor dela (representado por um balãozinho em cima dela), é ai que entra os bilhões de mini-games do jogo.
Durante a parte de “exploração” da vila (na verdade, não ha muito o que se explorar) você pode fazer uma porção de coisas pra melhorar o humor dela, como: Conversar, passear, pescar, cantar, procurar insetos estranhos, ordenhar ovelhas, pescar e COMER PÃO! Toda essa ênfase é necessária pois pão é o elemento mais importante do jogo. Fried e sua família são padeiros e a comida favorita de Panis é pão, na verdade, todo mundo nessa vila adora pão! E todos os mini-games mencionados antes chegam a esse fim. Qualquer coisa pode ser usada como igrediente de pão, até mesmo lixo! Existe MUITAS receitas diferentes de pão, e milhões de side-quest envolvendo pão. Droga! Eu pensei que tinha me livrado dessa porcaria de tema de pão depois de Shining Hearts! Isso, alguém se lembra de Shining Hearts? Aquele maravilhoso Kuso-Ge que virou um anime Crap-tastico? (Isso ai embaixo são gif animados que não estão se movendo por algum motivo, se quiser ver o horror, clique nas imagens!).
Porque eu me lembro e infelizmente não consigo mais me esquecer.
– Gráficos
Os gráficos impressionam! O jogo usam modelos 3D na vila e para batalhas, e eles são extremamente detalhados e imitam muito bem o traço do Tony Taka, que à propósito, continua fazendo um trabalho muito decente nas ilustrações de eventos, com traços muito lindos de homens fodões e mulheres muito sexys. É muito impressionante ver tudo isso rodando no velho PSP.
– Sons
Nada de impressionante aqui. A musica é average, sendo as de Shining Blade um pouco melhores e mais “catch”, mas, ao menos, não tem faixa ruim. Porem, tem coisa cafona: Mesmo que você seja fã de J-POP, da pra estranhar as musicas animadinhas japonesas misturadas com um pouco de Engrish que invocam instrumentais do nada para causar efeitos místicos. Eu já vi esse conceito antes em jogos como Ar Tornelico, mas ao menos lá as musicas eram orquestrais, misturavam francês com latim e tinham muito acompanhamento de couro, tudo isso contribuía para a sensação de misticismo nas musicas, já aqui…
A dublagem continua perfeita, tá certo que a voz da Panis pode ser muito irritante, mas é coisa da personagem e a culpa é do cara que criou ela.
– No final das contas
Shining Ark é um jogo bom, mas deu uns bons passos para traz em relação ao jogo anterior. Mas serve pra jogar quando não tiver outro jogo melhor. Vale a pena pelo sistema de luta, visuais e personagens. Agora mais um pouco de anime de Shining Hearts porque isso me diverte!