J-View: Sol Trigger

Imageepoch é uma empresa caprichosa, de vez em quando, ela faz uns jogos medíocres, mas tem ocasiões em que ela decide levar as coisas a sério, são nestas circunstâncias que nasce jogos como Sol Trigger, a última grande obra da empresa no PSP…ou seria, não fosse o novo jogo da série Fate/Persona Night ter sido atrasado. Maldito Fate/Extra CCC!

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ERO

– A Estória da Promessa Final
Sol Trigger é secretamente uma continuação de um jogo anterior da mesma empresa: “ Saigo no Yakusoku Monogatari” (ou Final Promise Story). Esse jogo parecia muito interessante. Um pena que a Imageepoch tem favoritos entre seus filhos, já que o demo de Sol Trigger tinha quase tantos Megabites quanto o jogo completo de Saigo no Yakusoku.
Saigo no Yakusoku contava a estória de valentes cavaleiros da ordem de Messias (Messiah Knights) que defendem o país de Yggdra contra o exercito de máquinas de Savi Shantie. A Imageepoch surpreende ao mostrar que, após vencer a guerra, o destino do povo de Yggdra é roubar a tecnologia de Savi Shantie e usar a energia vital dos poucos magos que haviam em seu reino para energizar as máquinas.

– Altas Confusões
Na verdade, eu não joguei FPS (não to falando de First Person Shooter, mas também não jogo isso, à propósito), por isso, tem uma porção de coisas das quais não tenho certeza. Kaiserhald, o país aonde acontece os eventos de Sol Trigger pode ser uma nova nação construída pelo povo de Yggdra, mas também há pistas de que Yggdra seja um lugar completamente diferente e separado de Kaiserhald. Acredito que o próprio jogo deixa isso em aberto…

– Religion Evil
Uma coisa que todos devem aprender sobre os japoneses: Eles odeiam religião, poderíamos até mesmo dizer que eles são “Teofóbicos” (WOW! Me sinto inteligente agora). Esse jogo se classifica nessa categoria. Mas tudo bem, basta você não ser um fanático religioso que ninguém precisará ser crucificado.

– Finalmente o Plot
Deus protege o país de Kaiserhald e todos os seus filhos que lá moram, o povo de Deus. Vendo que essas terras não possuíam muitos recursos, Deus criou o povo da luz, que possue uma energia especial chamada SOL. O único propósito que Deus deu à esse povo foi de servir ao povo de Deus, usando o poder do SOL para agradar os escolhidos do Senhor. Essa é a religião passada para todo povo de Kaiserhald. Acontece que o povo da luz não está muito satisfeito em ser tratado como pilha e muitos resolvem se rebelar contra o povo de Deus. Dentre esses rebeldes, o grupo que mais se destaca é o “Sol Trigger”, o grupo dos heróis da estória. Diferente de outros, esse grupo contam com o poder do Sol Dourado, o poder para criar qualquer coisa. Usando esse trunfo, eles pretendem proteger seu povo, lutar contra o exército da igreja e desvendar a verdade por trás do Deus que domina o país.

– Abertura


Esse jogo conta com uma bela abertura em anime produzida pelo Studio J.C. STAFF. Ela é cheia de cenas de luta e romance, além de ter uma boa música de rock tocando ao fundo. Pena que a abertura recicla várias cenas de eventos do jogo. Isso quer dizer que qualquer um que dê um mínimo de atenção ao vídeo vai ver vários spoilers. O que você descobre ao assistir isso é:

* Assim como em Record of Agarest War, existem uma outra geração, onde você jogará com o filho do protagonista.
* Você pode escolher uma das garotas da aventura para “acasalar”. Isso influencia no enredo.
* Você não pode “comer” a loli do grupo (que peninha), ela vai crescer e eventualmente virar o interesse amoroso do novo protagonista.
* Fran, a garota que parece ter vindo de Strike Witches, se junta ao grupo em algum ponto da estória.
* O novo protagonista vem acompanhado de, pelo menos, 2 amigos que também se unirão ao grupo.

– Personagens

Farel


O protagonista que foi recém-promovido como líder do Sol Trigger. Ele tem um forte senso de justiça e um forte carisma, o que dá a ele uma alto probabilidade de despertar o SOL dourado, este é o segredo por trás da sua repentina promoção.

Ema


Amiga de infância de Farel, praticamente idolatra o garoto. Para ela, o desejo de Farel é uma ordem. Não possui suas próprias ideias e “quebra” facilmente sem Farel pra guia-la, tornando-a altamente dependente do rapaz.

Sophie


Age como se fosse a “irmã mais velha” do grupo. Ela é como uma vice-lider (apesar do cargo não existir de verdade) e organiza todo o grupo. Começa a se interessar por Farel quando o mesmo demonstra uma grande liderança.

Gustaf


O troglodita do grupo que passa boa parte do tempo reclamando. Ele adorava o antigo líder e não aceita a liderança de Farel à principio.

Valter


Ele se auto-intitula como “um vingador” e está à procura do assassino do antigo líder. Devido a isso, eu imaginei que ele seria um fresco egocêntrico que nem o Sasuke, mas o incrível é que ele é muito maduro e responsável. Ele aceita Farel como lider desde o início e age como seu conselheiro nas horas difíceis. O problema é esse cabelo…Por algum motivo, os japoneses acham que homens com penteados ou assessórios femininos é uma coisa muito “Badass”. Mas tudo bem, porque na 2ª geração ele vira um ninja.

Cyril


A obrigatória loli do grupo e alívio cômico durante a 1ªgeração. Vive pregando peças em Gustaf, e vê Valter como um irmão mais velho (ou um pai, talvez), Farel foi o seu 1° amor e ela vivia se esforçando para chamar sua atenção (tanto que o nome das Skills dela são coisas como “sou incrível, não sou?” ou “Me elogie mais!”).

Ela passa 19 anos em coma em um laboratório da igreja e se apaixona por Lars – que à resgata de lá, ainda sem saber que ele é filho de Farel.

Lars


Filho de Farel com um estranho gosto para calças. Ele diz que vivia uma vida pacata antes de se encontrar com Cyril, mas já invadia instalações da igreja cheia de soldados robôs e mutantes, ou seja, ele sempre quis se meter nessas putarias. Ele começa como um garotinho tolo mas rapidamente amadurece e começa a lembra seu pai.

Klotho


Melhor amigo de Lars. É o novo “palhaço do time”. Um dos melhores personagens do grupo, capaz de atacar e curar decentemente, sem contar com “outras coisinhas” a mais.

Pena que ele é um idiota para perceber isso. Lars é extremamente inconsequente, então Klotho tem de agir como a sua “voz de razão”. É apaixonado por Wilma

Wilma


Amiga de infância de Klotho e a única “flor” do trio…

É! Algo assim. Ela tem uma personalidade muito parecida com a Sophie, até as armas delas são a mesma. Ela ama Klotho…Que droga! Arranjem logo um quarto!

Fran


Uma mulher modificada pela tecnologia da igreja para servir como arma. Trabalha diretamente para Istvan e respeita muito ele, o chamando de “vossa excelência”. Ela se veste de um jeito estranho, mas tudo bem, não é embaraçoso porque não é uma calcinha.

Istvan


Um guerreiro que veio de terras distantes (talvez de Yggdra) ele já trabalha para a igreja por décadas e é o comandante supremo do exercito. Tem um forte senso de justiça e não se importa de fazer sacrifícios para alcançar seus objetivos. Por isso, respeita muito o antigo líder de Sol Trigger, por eles pensarem igual.

Ele embainha a mesma espada sagrada usada por Cain de Saigo no Yakusoku Monogatari (Não se sabe se ele já veio de sua terra natal com a espada ou se ele ganhou ela no exercito).

Littler


Uma mulher insana que dominou toda a tecnologia de Kaiserhald e a usa para criar um novo mundo para os escolhidos por Deus…Alguém já notou que o nome dela parece com Hittler? Faz um ótimo papel como vilã e é completamente detestável durante todo o jogo. Alguém que você realmente terá satisfação em matar.

– Gameplay


Farel precisa de uma garota que ele possa confiar e amar do fundo de seu coração, e cabe ao jogador escolher que será essa rapariga. Em um certo ponto da 1ª geração, você deve fazer essa escolha e essa única escolha é o bastante para influenciar em todo o resto do jogo. Na verdade, geralmente são apenas alguns diálogos que mudam durante os eventos da 2ªgeração, mas é muito interessante ver que não é necessário fazer milhões de escolhas para ver o jogo mudar. O poder de decidir um elemento muito relevante na próxima parte da estória me deu o poder de mudar todo o mundo e os personagens. Essa mesma decisão também muda o final e vários eventos importantes perto do clímax do jogo, como quem irá sobreviver.

O sistema de batalha é parecido com o de Saigo no Yakusoku, ou seja, em primeira pessoa por turnos. Porém, quando você faz um ataque especial, roda uma animação de seu personagem destruindo o inimigo em vários ângulos de câmera diferentes, muito semelhante à 7th Dragon 2020. Todas essas animações são muito lindas e empolgantes, ao ponto que é difícil de se cansar de vê-las. Eu queria ter um vídeo pra mostrar o quão Awesome alguma delas são…peraí…Eu tenho!

Todas as habilidades especiais tem um requisito básico de SOL (o MP desse jogo), mas você pode usar mais SOL que o necessário para aumentar o efeito das Skills, algumas delas até mudam de animação. Quanto mais você usa um ataque, mais forte ele fica, evoluindo até o nível máximo de 6.
O maior defeito do jogo é que ele te obriga a fazer “Grind”! Ou seja, você tem que passar pelo menos uma hora matando inimigos perto de um save point em cada capítulo, ou você não será forte o bastante para vencer os próximos inimigos e não terá dinheiro suficiente para comprar novos equipamentos (tudo é muito caro).

– Gráficos


Um dos melhores gráficos poligonais já vistos no PSP. O que impressiona, já que o jogo quase não tem telas de “load”.
A exploração do mundo ocorre como um RPG padrão durante as dungeons, mas não há cidades ou vilas para se explorar além do quartel general do grupo. Você se “teleporta” para as dungeons através de um navegador que surge ao sair da base. Os eventos variam do estilo visual-novel para cinematics completas com animações em 3D muito bem feitas.
O Layout dos menus e HUDs usam muito azul com texturas de pétalas de flores (que representam o SOL do povo da luz), dando um estilo art nouveau ao jogo (sim, eu conheço essas coisas! Me sinto inteligente mais uma vez). Esse estilo é bem bonito e agradável, sendo, mais uma vez, uma boa folga do velho estilo futurista que é tão popular hoje em dia (que nem os de Final Fantasy).


O Character Designer é de Sokabe Shuji, que fez um ótimo trabalho para o jogo. Cada um dos personagens são bem distintos, mesmo o pessoal do Sol trigger – que usam uniformes. Ele é um proficional que claramente conhece a técnica de fazer com que cada personagem tenha uma silhueta bem diferente uma da outra, o que os torna mais únicos. Ele também sabe maneirar nas cores, não fazendo seus olhos doerem toda vez que você olha pra tela. Mas isso já era de se esperar, já que ele tem um histórico respeitável, com trabalhos em jogos ótimos como God Eater, WarTech: Senko no Ronde eAAaaaah!! Million Knights Vermilion!! Bem…todos temos nossos passados negros.

– Sons
A dublagem é ótima, como de costume para os jogos nipponicos. Existe um bug quando o jogo roda no PS Vita, que causa um zumbido após algumas falas durante o combate.


A música de abertura é “Continue?” que é uma espécie de punk rock pela banda “BYEE the ROUND”.
As músicas de fundo do jogo são acima da média. A maioria delas é em estilo pop rock, e são do tipo que grudam na sua cabeça de tão boa que são. Maior parte das faixas são empolgantes e combinam com o clima do jogo. Também há muita variação nas faixas, tendo mais de 5 musicas diferentes para batalhas normais e pelo menos 6 tracks para boss battles. O que torna difícil se enjoar das músicas.

– Mini Games


Uma promoção legal da Imageepoch foi criar mini-games no site oficial que são jogáveis pelo browser. Um deles tem uma breve conversa com um dos personagens e um tipo de interação com o Twitter. O outro é uma batalha contra Fran. Se você marcar uma boa pontuação, pode ganhar um código para equipamentos especiais no jogo de verdade, e de brinde, ainda recebe algo mais especial…

– Final Feliz


Esse jogo merece ser jogado por muitos! Principalmente aqueles que dizem ter perdido a fé em jogos orientais, pois ele tem tudo o que os gringos gostam em seus RPGs e mais: Escolhas que alteram o enredo; estória, personagens e visuais mais sérios; gráficos bonitos…Na verdade, SOL Trigger tem até mais, pois ele possui um personagem principal…Uuuh..BURN!

O pessoal da Imageepoch realmente caprichou nesse jogo e já até perguntaram se ela não quer fazer uma versão em anime. Mas eles não se mostraram muito interessados e disseram que estão mais motivados à continuar a série no PS Vita. Estarei esperando por esse jogo.

Sobre Benedict

A ovelha negra. Perdeu sua alma quando resolveu seguir o caminho do mal e unir forças com os jogos nipponicos. Durante um ataque dos EUA, por pouco escapou de se tornar um FPS, porém, um de seus olhos foi permanentemente transformado em uma mira laser.
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2 respostas para J-View: Sol Trigger

  1. Biostalker002 disse:

    Caramba, que profundo! Quando vi o título imaginei um Chrono Trigger onde você revive o personagem principal com o poder do Sol, hauhahauah

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