Olá, Eu sou o Maximus Decimus, e sou um novo autor do Blog.
Minha primeira coluna aqui no Blog se chama Sociedade dos Hipsters Mortos. Para entender melhor sobre o que eu escreverei nela, acredito que seja importante antes saberem quem eu sou: Sou uma pessoa mundana em todos os aspectos. Nada que eu gosto pode ser considerado “alternativo”, “diferente”. Não tenho nenhum hobby diferente, não faço nada que seja digno de nota. Quando estou com um grupo de pessoas, sou aquele cara que fica no canto sem falar nada, passando desapercebido. Não tenho opinião forte sobre nenhum assunto, e meus gostos seguem o que pode ser considerado “senso comum”, “padrão”, “lixo” (este último se você for um hipster; mais sobre eles adiante). No geral, sou uma pessoa completamente esquecível.
Você pode estar imaginando “De forma alguma os fatos aqui relatados devem corresponder a verdade, o autor está visivelmente exagerando, ninguém é assim tão pouco digno de nota”. Isto é, se você for uma pessoa que pensa consigo mesma de maneira rebuscada, pois se você for como 99% da internet, seria algo mais próximo disto: “Q nada esse mulék deve tá de brinks só de zoa hiariariariari Todos acha”. Então, para exemplificar bem quão mundano eu sou, eis uma lista de alguns dos meus favoritos: Filme: Matrix, Jogo de Videogame: WInning Eleven, Livro: Harry Potter, Personagem de Quadrinhos: Wolverine. Seriado: Lost. Time de Futebol: Flamengo. Canal de TV Favorito: Globo. Cerveja: Brahma. Cigarro: Malboro. Comida: Bife com Fritas. Banda Guns’n’Roses. Anime: Naruto ou DBZ (dúvida cruel). Além disso tudo, faço faculdade de Administração (não dá para ser mais mundano que isso).
Como vocês podem perceber, não preencho exatamente o perfil de escritor de um blog sobre games e cultura pop em geral. Afinal, uma pesso assim tão mundana com certeza possui apenas comentários mundanos para fazer sobre qualquer coisa, e não adicionaria nenhuma informação nova na vida de seus leitores, o que seria um forte indício de que, assim como 78% de todo o conteúdo da internet (fonte) minha escrita faria parte do conjunto comumente denominado de lixo em forma de texto.
Contudo, tem uma única parte da minha vida que não é de forma alguma mundana. Uma única característica que me diferencia do resto da humanidade. Algo que pode tornar até mesmo a mim, o mais mundano dos mundanos, uma pessoa única e especial. Eu sou um médium.
Sim, um médium, você não leu errado.
Para ser mais específico, sou um psicografista, como o Chico Xavier.
Contudo, minha mediunidade é ainda mais específica. Não psicografo textos de qualquer espírito, mas apenas espíritos de Hipsters. E o que é um hipster, você me pergunta. No que eu respondo: Em primeiro lugar, não é um hippie, favor não confunda. Um hipster é aquela pessoa, aquele seu amigo, que gosta apenas de coisas obscuras. Que faz questão de ouvir apenas bandas desconhecidas, e acusa a mesma banda que antes gostava de “vendida” ou “traidora do movimento” se de repente a banda lança algum hit muito popular. É o cara que diz que gostava de Final Fantasy só até o seis, apesar de ter zerado o 7 várias vezes, mudando de opinião somente depois que o jogo caiu no gosto popular. Além disto, hipsters tem um senso de moda “peculiar”, com suas barbas estranhas e suas roupas em tom pastel e seus óculos grandes (e as vezes sem lentes), e gostam de fazer coisas estranhas e cafonas por ser irônico, mesmo pesquisas tendo mostrado que quase 127% dos hipsters não sabem o que ironia realmente significa (o valor deu acima de 100% pois alguns hipsters erraram a primeira vez, receberam uma explicação na hora, e foram perguntados em seguida novamente mas continuavam com uma noção errada do que é “ironia”). Uma maneira certeira de descobrir um hipster é vendo se ele, ao mesmo tempo idolatra o Los Hermanos e odeia mortalmente “Ana Julia”. Para mais informações sobre hipsters, visite essa prestigiada instituição.
No mundo dos games não é diferente. Um hipster gamer é aquele cara que não joga muito os jogos mais conhecidos e comerciais, mas sim se foca nos pequenos jogos produzidos independentemente (normalmente para PC). Quanto mais desconhecido e “artistico” o jogo, melhor. E normalmente são estes os espíritos que eu incorporo (apesar de de vez em quando um hipster fã de cinema iraniano ou do leste europeu aparecer). O que é bastente irônico (desta vez com o sentido correto da palavra), já que eu odeio hipsters.
Cacete, como eu odeio hipsters. Não ajuda em nada que seus espiritos fiquem me artomentando para eu escrever artigos sobre seus jogos desconhecidos e seus filmes iranianos.
Por que eles querem psicografar? Hipsters, no geral, se consideram artistas e almas sensíveis, e muitos acham que um dia ainda seriam muito conhecidos pelo submundo hipster mas sem ser conhecido pelo público em geral (sonho de consumo hipster). Contudo, devido ao fato da preguiça e a procastinação serem algumas das forças mais poderosas na vida de uma pessoa, muitas vezes os hipsters passam a vida toda sem gerar absolutamente porra nenhuma em termos de arte, apesar de suas pretenções artísticas. O que, em casos de falecimento prematuro de um destes seres, acaba gerando uma angústia no espiríto do hipster falecido, que o impede de seguir adiante.
Como, ao invés de fazer algo de produtivo na vida muitas vezes o hipster gastava boa parte do seu tempo jogando seus jogos independentes e vendo seus filmes do David Lynch, muitas vezes o hipster morto não tem absolutamente nenhum talento e/ou conhecimento de técnica artística, sobrando para o seu espírito apenas a única coisa que ele aprendeu na vida que pode de alguma forma vir a ser artístico: a escrita. E é aí que eu entro. Durante anos, os espíritos hipsters me atormentaram, querendo uma oportunidade de finalmente se tornar um grande escritor na Web, famoso pelo seus textos sobre jogos e filmes que “são muito legais, mas você provavelmente não conhece”, para finalmente conseguir se desvincular da vida e dos sonhos terrenos, caso consigam satisfazer seu grande sonho.
Então, basicamente, a Sociedade dos Hipsters Mortos será uma coluna onde psicografarei textos destes espíritos hipsters, inicialmente focando em pelo menos um review por semana de jogos indies, pequenos ou desconhecidos do grande público em geral, psicografados pelo que há de mais hipster no mundo dos mortos. Inicialmente os espiritos escolhidos se focarão mais em jogos de pequenas produtoras independentes, mas não necessariamente as produtoras maiores estão descartadas, bem como, possivelmente um ou outro review de filme.
Então podem esperar (ou não) pelo primeiro review ainda esta semana. Até lá.
e o que voce escreve! Não fará parte desses 78% também?!?!? (rethoric)
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