Finalmente chegou a hora! O ultimo jogo remake da série. Conhecido pelos fãs como o pior jogo da série, a ovelha negra, o pão que o diabo amassou, etc etc etc…Isso tudo não passa de um grande exagero pra mim…
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Triplo Chiz
– O Final de Uma Era
Eu ainda não entendo como esse jogo pode ser tão odiado. O remake do SN3 ficou por vários meses no TOP10 de jogos mais pedidos do Amazon, mas o SN4 nem deu as caras nesse rank. Seja como for, parece que a Flight Plan – os criadores da série – já estavam percebendo que a vida da franquia não seria muito longa, por isso, fizeram desse capítulo algo que poderia ser interpretado como o episódio final, no caso da impossibilidade de novas continuações. E até que esse jogo executa bem esse papel: Todas as pontas e mistérios que haviam sobrado são resolvidos e vários personagens de todos os jogos anteriores juntam forças com o novo grupo de heróis Overpowers desse jogo pra chutar o traseiro do vilão mais BadassMotherfucker que essa série já teve. Tudo isso em uma batalha épica que envolve uma guerra entre humanos e invocações, dragões e castelos voadores. Como diabos um jogo assim pode ser ruim?
– À Procura de Defeitos
Não tenho certeza, mas acho que um dos possíveis motivos de todo esse ódio dos fãs pode estar no pacing do jogo, há muitas distrações (como culinária e gerência de hotel), além de muitos eventos cômicos, essas coisas tiram o clima do jogo. Um outro problema é que, apesar de todos os elementos épicos, toda a aventura acontece em uma cidadezinha pacata de um reino ainda recém formado, isso tira a sensação de “grandeza” dos eventos. Uma outra coisa é que esse jogo perde pros outros nas variedades de opção de personagens, já que os bebês dragões são apenas 3, vem do mesmo mundo e compartilham a mesma estória e desenvolvimento.
– Estória e Personagens
Novamente o jogador pode escolher entre um herói (Ray) ou heroína (Fair), ambos tiveram uma vida difícil pois já fazem 10 anos desde que seu pai partiu em uma jornada com a irmã caçula da família, criando no herói/heroína um desprezo pelo pai.
O protagonista foi criado rigidamente por Tyrer – um velho amigo de seu pai. Tyrer trata o protagonista como um mero empregado, mas Ray/Fair tem mais respeito por ele do que pelo pai (algo como o caso de Picolo e Gohan de DBZ).
O herói/heroína vivia sua vida cuidando de uma estalagem que pertence à Tyrer e usava suas horas vagas para brincar com seus amigos de infância (que também são filhos de seu patrão).
Até que um meteoro caiu próximo da cidade enquanto os três davam uma volta. O meteoro era na verdade um ovo gigante. Quando o protagonista se aproxima, o ovo choca e de lá nasce um bebê dragão. A criaturinha faz um “imprint” no personagem principal, o reconhecendo como pai/mãe. Nessa hora, o jogador é livre para escolher o sexo do bebê. Você pode escolher entre macho, fêmea e sei-lá.
O dragão macho é Yurm, energético e brincalhão. A dragão fêmea é Milreaf, mimada, carinhosa e um pouco chorona. O dragão andrógeno é Corlal, muito indiferente, reservado e preguiçoso.
Meus instintos paternos não conseguem resistir a Milreaf, ela é possivelmente uma das personagens mais fofas, meigas e bonitinhas que eu já vi em minha longa vida de otaku. Maldição! Me sinto um criminoso só de olhar pra essa loli!
Encantados pelo filhote, as crianças resolvem cuidar dele, porém, mal eles descobrem que a maior organização criminosa do mundo está atrás dos poderes dracônicos do bebê. Por sorte, eles são salvos por dois outros amigos da cidade: Grad – um soldado de elite que protege a cidade inteira sozinho, e Mint – Uma esbelta invocadora da Facção Azul.
Mais tarde, o grupo descobre que o pequeno dragão foi líder de uma seita de invocações que ficaram sem ter como voltar para seus mundos de origens. Eles Finalmente decidem se aliar aos guardiões do antigo dragão para recuperar a herança dada ao líder da seita: O segredo para viajar livremente entre todos os mundos paralelos.
– Jogabilidade
Já que o remake de Summon Night 3 & 4 foram produzidos ao mesmo tempo, pelo mesmo time, na mesma engine e com as mesmas ideias, a jogabilidade dos dois jogos ficou praticamente idêntica. Isso pode ser uma qualidade para os que gostaram e se acostumaram com o jogo anterior, por outro lado, isso tira a identidade do jogo, fazendo eles parecerem praticamente a mesma coisa. Até mesmo o sistema de culinária – algo único para o 4°capítulo da série na era do PS2, agora é presente no remake de Summon Night 3 também. Como se não bastasse, o sistema recebeu um “downgrade”, quando antes o jogador podia alimentar todas as suas invocações para deixa-las mais fortes, agora é possível alimentar apenas um certo tipo de criaturas e receber poucas mudanças. O jogo também perdeu um sistema onde você podia temperar armas e armaduras para serem mais eficientes contra certos tipos de equipamentos, fizeram bem em se livrar disso, quase ninguém usava/entendia esse troço direito.
O jogo ainda possui vários mini-games bem divertidos, alguns fazem retorno de Summon Night 2, como o mini-game de atender clientes no restaurante.
Existem jogos novos como quebra-cabeças.
Outros são jogos sempre presentes, como pesca e treino de combate.
O sistema de luta está idêntico ao remake de Summon Night 3, está tudo lá: Sistema de skills, troca de armas durante o combate, membros assistentes que aparecem aleatoriamente para darem vários bônus durante o combate. Todas as invocações do terceiro jogo estão de volta, e se você tiver um clear data save do jogo anterior, poderá não apenas receber todas as invocações que tinha adquirido no outro jogo, mas também poderá comprar e jogar com os personagens de summon night 2 & 3! Isso é foda porque me permiti finalmente criar meu Dream Team com minha dupla favorita de lolis! Há Há Há! Juntos seremos implacáveis!
– Gráficos
Assim como a jogabilidade, houve poucas mudanças nos gráficos, não que isso seja ruim, esses ainda são um dos gráficos mais lindos que eu já vi no aparelho e tem vezes que fica difícil de acreditar que isso ta rodando no PSP. Algumas melhorias foram nas animações dos personagens, antes todos tinham a mesma pose de luta, agora cada um tem uma animação própria pra isso. Os cenários no combate continuam sendo poligonais, mas dessa vez, eles são mais bem feitos, com mais cor e detalhamento, se mesclando melhor aos sprites 2D.
Novas ilustrações foram desenhadas para eventos e conversas noturnas (para dar um clima de simulador de encontro, assim como em Summon Night 3). E essas novas artes estão lindas, mas dá pra perceber a diferença no traço de Kouhaku Kuroboshi, ele poderia ter redesenhado pelo menos os personagens de Summon Night 2, esses ficam realmente bem diferentes.
– Sons
Como sempre, a música é composta pelo grupo “Sing Like Talking”. Não é nada épico, mas não chega a desagradar, as piores são as musicas dos mini-games, que me lembram musica de circo, e desde Tales of Innocence, eu odeio musica de circo. A abertura do jogo é a mesma que a da versão do PS2. A musica tema – “Neverland” – também foi composta pelo mesmo grupo, e o vocal é de Matsuzawa Yumi, famosa por cantar o tema do anime “Martian Sucessor Nadesico”
A dublagem deste jogo é sem duvida a melhor. Não houveram dubladores de segunda categoria contratados desta vez, nem participações especiais de Pop Idols pra fazer promoção. Só dubladores de peso foram convocados, e todos eles trabalharam muito bem.
– Na Próxima Temporada
Esse jogo é ótimo e seria uma pena a franquia acabar mal-entendida desse jeito. Porem, por um milagre, ela não vai!
Está sendo produzido um novo capítulo canônico para a série. O que marca o início de uma nova era no universo do jogo, com várias mudanças. Algo muito inteligente de se fazer com uma franquia que estava paralisada.
E a temática de fetiches japoneses continua! Depois de colocar o jogador na pele de um professor cuidando de seus amáveis alunos em SN3. Fazendo o jogador experimentar o papel de pai em SN4. Chegou a hora de despertar o “Oni-chan” dentro de você em Summon Night 5! Don’t Miss it!