J-View Special: Summon Night Revival.part-3

Em 26 de março de 2009, a Nippon Ichi Soft lançou uma conversão de Disgaea 2 para o Playstation Portable dizendo que eles haviam forçado o aparelho ao máximo e que quase não foi possível recriar o jogo no portátil da Sony. Eu gostaria de ouvir o que eles tem a dizer sobre Summon Night 3.

LoLI

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-Prelúdio

É…Parece que o pessoal da NIS precisa de novos programadores. SN3 tem Animações belíssimas em sprites; consegue rodar milhares de objetos diferentes na mesma tela ao mesmo tempo; e inúmeras faixas de som para os eventos do jogo. Bom trabalho pessoal da Flight Plan…Ah quer dizer: Felistella. Esse jogo foi lançado originalmente em 7 de agosto de 2003 para Playstation 2 e já era mais bonito que qualquer coisa que o pessoal do Disgaea viria a lançar para o mesmo console. Esse remake lançado no início desse mês não perde praticamente nada em relação ao original, na verdade, acrescentando várias melhorias.

-Resultado

Summon Night 3 é o melhor jogo Tactics que já joguei. Ele tem um sistema complexo, interessante porém fácil de aprender. Não é possível fazer as maluquices dos jogos da Nippon Ichi (como Disgaea), o que cria uma jogabilidade mais “sólida”. Os personagens são muito carismáticos e a trama é muito interessante e bem escrita. Alguns têm preconceito e dizem: “Esse jogo é colorido e tem personagens bonitinhas no elenco! Jogos assim não podem ter um enredo sério e bem feito!” ou “Como a estória pode ser boa se o vilão nem é Jesus e seus apóstolos?”. Tá certo, eu tenho que admitir que você não tem que matar Jesus Cristo nesse jogo, mas não se engane pelas aparências! Xenogears já provou que é possível criar uma trama épica com bichinhos fofinhos e idiotas no grupo, não é mesmo Chu Chu?

– O Que Veio Antes

Eu me lembro de uma ocasião onde eu entrei em um fórum de “Tales of” e a seguinte discussão estava em progresso:

Então eu disse:

É isso mesmo, Summon Night 3 foi provavelmente o primeiro jogo a fazer o que alguns jogos de hoje fazem com DLCs: Um epilogo jogavel. Isso funciona como uma mini continuação do jogo dentro do mesmo pacote, com novos personagens, inimigos, poderes e afins.

Isso explica o porque a Atlus tem um certo apego pela série (já que ela trouxe alguns dos spin-offs pros EUA) e porque a Bandai Namco de repente ficou com vontade de trabalhar na série. Ambas devem à Summon Night 3, pois a maioria dos fãs disse que só compraram essas expansões de Persona 3 e Tales of Graces por causa dos epílogos.

Alguns podem reclamar que a maioria desses “personagens novos” do epilogo na verdade vem de Summon Night 2. O que na verdade é DÚ K-RALHO! O segundo jogo foi um dos melhores da série e  SN3 faz um Crossover com ele! É como se fosse o 3+2 no mesmo pacote! E não, isso não soma 5! Esse é um jogo pra uma review no futuro…

– Plot

Esse jogo é ótimo pois trás de volta Ordreik, um vilão que é fan favorite. Ele não aparece desde o primeiro jogo e nem me lembro o que aconteceu com ele da ultima vez, mas o youtube deve me ajudar a me lembrar…

WOW! É mesmo! Ele morreu…Isso certamente seria confuso, mas me lembrei que Summon Night 3 na verdade é uma prequel que se passa 20 anos antes de Summon Night 1. Eu odeio essas coisas pois esse título seria tecnicamente o capitulo zero da série e não o 3, mas ai eu me lembrei do epilogo jogavel que se passa depois do segundo jogo, assim as coisas fazem mais sentido.

Certo, atenção! Como todos os jogos da série, logo no início você escolhe várias coisas que mudam elementos da estória e do gameplay. No caso desse jogo, você escolhe o sexo do personagem principal e o aluno que vai acompanha-lo até o fim do jogo.

O protagonista pode ser Rexx ou Aty.

E os alunos podem ser Nup, Belfraw, Alieze ou Will.

Se eu fosse respeitar a liberdade de escolha de todos, essa review iria ficar entupida de “/” e “( )”, e isso seria um saco. Portanto eu vou usar a seleção que eu fiz no meu gameplay: Rexx e Belfraw, eu não sei por que sempre escolho esse dupla. Alguma coisa faz deles o par ideal pra mim…Deve ser o vermelho!

Rexx é um ex-militar do território recém formado conhecido apenas como “Império”. Ele teve problemas no exército e decidiu seguir o caminho de professor particular para aproveitar suas ótimas notas na escola militar. Seu primeiro trabalho era cuidar de Belfraw Martini, a filha única de uma família de nobres. Rexx salvou a vida do pai dela quando ainda era soldado e, já que Belfraw queria muito entrar para a escola militar, seu pai achou que Rexx seria um perfeito exemplo para sua filha seguir. Porém, o trabalho do protagonista não é apenas ser o professor dela, ele deve se tornar uma figura que Belfraw respeite, como um mestre, ou até mesmo um pai. Seria difícil conseguir isso com uma jovem rica, orgulhosa que perdeu a mãe no parto e cresceu praticamente sem pai, mas Rexx até que estava começando bem, até que piratas atacaram o navio deles, iniciando uma grande batalha com os soldados à bordo. O jovem professor correu para lutar e proteger sua aluna mas uma repentina tempestade afundou os dois navios. Enquanto se afogava, Rexx encontrou uma espada mágica que estava sendo transportada em segredo pelos militares no navio. Ele consegue despertar o poder desse artefato e o usa para salvar a sua aluna e a si mesmo. Os dois vão parar em uma ilha juntos com os piratas que atacaram o navio. A ilha parece deserta no início, mas eles acabam descobrindo que o lugar é cheio de monstros. Essa ilha na verdade foi um antigo campo de experimentos de invocações usada por uma organização criminosa e todos os “monstros” na verdade são criaturas inteligentes que foram invocadas para experimentos. Depois de muitos conflitos, eles finalmente conseguem fazer uma aliança com os habitantes da ilha, até que os criadores da mesma ressurgem com planos para usar as instalações da ilha para criar um Deus artificial e a espada mágica do protagonista é uma peça fundamental nesse plano.

– Gameplay

O jogo trás de volta o sistema de ranks para os ataques do “Summons”, sistema presente desde Summon Night 2 que eu “estrategicamente” deixei de mencionar na última review. Ele serve para dificultar abuso e apelações no sistema de invocações, isso porque apenas personagens mais voltados para magia possuem um rank alto em magia, sendo os únicos capazes de usar as Summons mais poderosas. Na versão do PS2 os ranks eram de C até S, mas no remake do PSP, os ranks vão de F para S, e para usar ataques de rank S, é necessário fazer um ataque em equipe usando um sistema exclusivo do remake chamado Summon Assist. Esse sistema também dá vários bônus para as magias, dependendo de quem participa nos ataques. Antes os personagens mudavam de classe quando alcançavam certos níveis, ganhando novas habilidades, mas agora é possível ganhar novas habilidades mesmo sem subir de level, usando o novo sistema de Skills. Funciona como um Sphere Grid de Final Fantasy X, só que você pode comprar qualquer habilidades em qualquer ordem, com a diferença que do custo de uma habilidade pode variar de acordo com o personagem. Todos esses sistemas novos e outros são extremamente fáceis de usar, mas, se alguém tiver dificuldade para entender, é possível consultar o gallery para tutoriais com imagens.

– Gráficos

Os gráficos ficaram um pouquinho borrados comparado com a versão do PS2, mas ainda é um dos jogos 2D mais bonitos do portátil, eu joguei o jogo tanto no PSP quanto no PS Vita e ele continua bonito e cheio de detalhes mesmo na tela HD do novo portátil da Sony. Novas ilustrações foram desenhadas especialmente para o remake e tornam os eventos mais empolgantes; os ataques especiais ganharam novos efeitos visuais e estão muito bonitos. O jogo usa a mesma abertura do PS2 feita pelo estúdio 4℃, só que ajustada para ficar no formato da tela do PSP (quase widescreen).

– Sons

Algumas músicas vem de Summon Night 2 mas a maioria é original, todas as faixas são bem agradáveis, mas a série continua sem nenhuma musica épica.

A musica é mais uma vez composta e tocada pelo grupo “Sing Like Talking”enquanto o vocal é de Katou Izumi, a musica é “Tayou ga yondeiru” (O sol está chamando).

Diferente dos dismakes do DS, essa versão é “full voiced” (exceto o protagonista, que é “religiosamente” mudo em todos os jogos da série). A dublagem continua sendo incrivelmente foda…mas, dessa vez eu devo admitir que ela não é impecável por culpa de Sumitomo Yuko que dubla a personagem Azuria, ela tem uma voz meio robótica e algumas vezes sem emoção, pelo que eu vejo no currículo dela, ela só fez papeis pequenos em anime e nem tá trabalhando recentemente, tenho certeza que ela nunca fez nada que importasseOQUÊ? ELA É A MILLIA RAGE?! PUTZ!

– Passado, Lembranças, Nostalgia…

Pois é, as oportunidades eram tão poucas que até mesmo me esqueci que tinha criado esse selo, deveria ter usado ele na review do jogo anterior, eu poderia botar dois selos já que esse jogo é muito foda mesmo, mas deixa pra lá…

No próximo episódio: Depois de bancar o professor e dar aulas especiais para sua aluna, o próximo fetiche a ser explorado é o do jovem pai solteiro que deve dar um carinho especial para a sua filha bonitinha, tudo isso e mais em Summon Night 4! Enquanto o 3° foi uma obra prima e o título que mais vendeu da série, o 4°foi a ovelha negra, foi o projeto mais ambicioso da empresa e custou uma fortuna para ser feito, porém, o resultado foi um jogo fantástico que vendeu pouquíssimo. Então, o que pode ter dado errado? Isso é um mistério pra mim até hoje… Veremos se o remake se sairá melhor.

Sobre Benedict

A ovelha negra. Perdeu sua alma quando resolveu seguir o caminho do mal e unir forças com os jogos nipponicos. Durante um ataque dos EUA, por pouco escapou de se tornar um FPS, porém, um de seus olhos foi permanentemente transformado em uma mira laser.
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