Eu adoro jogos de luta! Bem que eu gostaria de fazer uma review de algum jogo do gênero, mas todos eles são bem conhecidos e foram localizados, e isso não tem graça. Se ao menos tivesse um jogo bem bizarro, muito obscuro e que nunca virá para o ocidente…Ah! Olha! Aquapazza!
Jogo
da
Leaf
Porém
não é
Hentai
Aquapazza é um jogo de luta desenvolvido pelo grupo doujin Seikakujo Watanabe (hoje conhecido como French Bread), se trata de um crossover entre vários personagens da empresa Leaf, resultando em um jogo sem igu…
Pera ai! Jogo errado…Deixa eu tentar de novo:
Aquapazza é um jogo de luta desenvolvido pela Examu (antes conhecida como Yuki Enterprise), se trata de um crossover entre vários personagens da empresa Aquaplus, resultando em um jogo sem igual.
Infelizmente, esse jogo provavelmente nunca será localizado nos states devido ao grande número de personagens que pertencem a licenças diferentes por lá, e mesmo que todos entrassem em acordo e lançassem o jogo em inglês, o lucro provavelmente não valeria a pena.
O que é uma pena, pois o jogo é ótimo e oferece grandes visuais, musicas agradáveis, vários finais, ilustrações e posters para habilitar e, é claro, uma jogabilidade sólida, fácil de aprender e bem divertida. Não foi à toa que ele foi uma das principais atrações do ultimo Tougeki.
-Plot
Simplificando: A Estoria é uma merda! Assim como outros crossovers (isso te inclui tembém Marvel vs Capcom 3!) Porém, para os que jogaram os jogos originais e conhecem os personagens, o story mode pode ser bem divertido.
Não importa que personagem você escolha, a trama é basicamente a mesma. No Story Mode normal a missão é derrotar Ma-ryan Senpai – uma personagem de To Heart 2, que criou por acidente uma água mágica chamada Aquapazza (que é “água da loucura” em italiano…por que italiano?) que tem a habilidade de controlar os sentimentos alheios e, aparentemente, pode fundir mundos também. Exclusivo para a versão console, existe o Another Story Mode. Você libera essa modalidade para cada personagem que completou o story mode original. Nesse modo, o herói do primeiro story mode volta a viajar através dos mundos para impedir que Chizuro de Kizuato libere os poderes de “Yata no Kagami”, um espelho amaldiçoado que pode realizar desejos.
Dependendo do parceiro que você escolher, alguns eventos mudam. Se você selecionar alguém do mesmo jogo que o seu lutador, eles irão conversar entre algumas lutas. Porém, se você escolher um parceiro vindo de uma outra série, seu lutador vai fingir que ele não está ali.
Entre algumas etapas, você verá uma cena com Sango de To Heart 2, que se encarrega de fazer a “exposition” da estória para o jogador. O estranho é que, nesses eventos, não importa o personagem que você esteja jogando, ela sempre dirá a mesma coisa, o que é bem decepcionante, pois você nunca irá conseguir arrancar as reações desejadas, por mais ridículo ou bizarro que seu lutador seja. Gerando cenas como essa:
-Personagens
Falar de cada um desses personagens iria dar muito trabalho e resultaria em um texto imenso, pois cada jogo dessa empresa tem personagens muito únicos e com backgrounds bem complexos (exceto talvez por algumas heroínas de To Heart). Mas isso não deve ser muito necessário pois esses jogos são muito populares e a maioria já deve ter jogado. Mas caso não curta muito o gênero de visual novel ou RPG tactics, quase todos esses jogos já viraram ótimos animes que eu recomendo.
Esse é “QUASE” um daqueles jogos de luta só com garotas, mas não entre em pânico, se você não curte muito isso, jogue com Hakuowlo, Oboro ou Arawn. Eles são “MUITU MAXU MERMU”! Nem um pouco parecido com aqueles “bishonens”.
-Gameplay
O jogo tem um sistema mais parecido com Street Fighter ou Darkstalkers, diferente de Arcana Heart – o jogo anterior da empresa, que era mais similar à Guilty Gear. Isso quer dizer que os cenários são menores e a “gravidade é mais pesada”, o que faz a altura dos pulos serem menores. O tamanho, alcance, proporção e velocidade dos golpes também são menores. Já que os comandos são bem simples, é muito difícil o jogador se enrolar na hora de fazer um golpe. Nenhum personagem tem um esquema difícil de entender, são todos bem intuitivos, por outro lado, isso torna alguns personagens mais genéricos, dando ao jogo os seus equivalentes ao Ryu & Ken, mas, eu não acho isso de todo o mal, pois os personagens continuam bons e isso é uma ajuda pra quem não jogo muito esse gênero e não sabe com que personagem jogar.
Além de seu próprio personagem, o jogador deve também escolher um parceiro, esses são personagens que ficam ao fundo torcendo, mas, ao apertar o botão X e algum direcional, você os chama para fazer um ataque. Eles podem ser chamados durante golpes e defesa, mas gastam barra de golpes especiais para isso – o que lembra muito os “Strikers” de The King of Fighters 2000/2001.
Os golpes especiais funcionam como em quase todos os outros Fighting games: Você tem uma barra especial que enche a cada acerto seu ou do inimigo e enche até 5 pontos. Com cada ponto você pode executar um golpe especial que tira mais life do que os outros golpes normais. Com metade do life e 3 pontos você pode desferir um golpe especial ainda mais poderoso.
Fora isso, alguns personagens tem algumas habilidades únicas. Alguns fazem pulo duplo, outros correm enquanto outros rolam no chão. Isso é bem interessante pois ajuda a diferenciar mais cada lutador, além de que não permite que você jogue da mesma maneira com todos os personagens.
-Gráficos
Para o gameplay das partes de luta, o jogo usa sprites em HD. Os cenários também são bem vivos e cheios de detalhes e animações, alguns são como homenagens a certas cenas ou eventos de um jogo, outros apenas reunem um monte de personagens familiares, seja como for, esse é o tipo de fan service necessário em um crossover. Os gráficos não são tão bonitos quanto os de BlazBlue ou The King of Fighters XIII, mas não deixam de serem excelentes. O que é um grande passo adiante para esse time desde seu último jogo.
Além de sprites, o jogo usa várias animações no estilo anime para a tela de seleção de personagens, ativação de golpes especiais, invocação de parceiros e até mesmo nos ícones ao lado da barra de life (que mudam de expressão dependendo do humor ou saúde do personagem). Durante os eventos do story mode, os personagens são representados por ilustrações em HD semelhantes às usadas nas visual novels. O estilo de desenho usado para cada personagem corresponde ao títulos de origem, dando aquela nostalgia, além de ser um outro ótimo fan service para a lista.
As HUDs e menus são fáceis de entender e bem agradáveis aos olhos, apesar de usarem aquele “velho” visual futurista, que já está meio “obsoleto”.
-Sons
As musicas são boas, mas nada que se destaque muito. Muitas faixas são remixes de BGMs dos jogos originais, outras são versões instrumentais de musicas de aberturas, como o tema principal de To Heart 2 que toca em um dos cenários. A trilha sonora foi dividida em dois lançamentos em CD, um single para a abertura cantada e um álbum para todo o resto das musicas.
As vozes são ótimas, como de costume. Todos os dubladores dos jogos originais retornam para reprisar seus papeis, o que é mais um grande fan service.
-Queen of Heart
Tá bom! Eu não consigo ignorar isso: Em 98, o grupo de jogos amadores Seikakujo Watanabe lançou a primeira versão do jogo “The Queen of Heart'”, esse foi o primeiro de uma série de jogos de luta com os personagens do To Heart original e depois, dos outros jogos da Leaf(o nome que a Aquaplus usa em seus lançamentos para maiores de 18). Essa série foi atualizada nos anos seguintes até 2001, e – apesar de não ser um jogo oficial, foi tecnicamente o primeiro crossover de luta com os personagens da Aquaplus.
A História não para por ai. O mais interessante são as semelhanças entre os dois jogos. Os dois tem HUDs parecidas, modos similares, golpes iguais, apresentações e uso de ilustrações semelhantes. Pura coincidência? Confira:
-Fico faltando
Se esse jogo tem um defeito grande, é com o seu roster de personagens. Tem muitas garotinhas colegiais! Tá certo, eu entendo que To Heart 2 é o maior sucesso atual da empresa, e que todas as personagens relevantes são colegiais, mas isso já é exagero. O pior é que algumas personagens que sabem lutar são apenas parceiras, como a Satsuki de Routes.
Algumas personagens jogaveis deveriam ser, no máximo, parceiras, liberando espaço para alguns personagens principais que não apareceram. Arthur de Tears to Tiara é um bom exemplo. Em seu jogo que puxa elementos da lenda do rei Arthur, ele claramente é um dos principais no RPG original, mas nesse jogo ele só aparece no fundo de um dos cenários. Ele perdeu a vaga para a irmã dele, uma “CLÉRIGA” não tão importante, mas que é bonitinha, então não tinha jeito.
Além disso, precisa de mais personagens dos jogos onde há lutas! Além de mais homens!