J-View Special: Summon Night Revival.part-1

Aah! Summon Night! Que série foda! …Tá! Eu não vou mentir: Essa série tem um histórico trágico! A ultima noticia que se teve dos criadores foi quando o predio da empresa foi demolido! Mas, essa ainda foi a melhor série de jogos Tactics que já joguei, e fiquei extremamente deprimido com a aparente morte da franquia. Foi quando a Bandai Namco fez um super anuncio de que iria relançar todos os jogos da série para poder preparar os fãs para o novissimo 5° capítulo. Agora eu to empolgado! Vou fazer uma série de reviews de todos esses jogos! Esse é o Special: Summon Night Revival!

Okey! Mas o que é um “Summon Night”? É simples: Um Sim.JRPGTactics (Agora repita isso rapido 5 vezes!)…Mas não tenha medo! Simplificando tudo: Esse é um jogo parecido com Final Fantasy Tactics, mas com um foco maior para os personagens da trama e seus relacionamentos. Essa série fez muito sucesso no Japão, mas nunca agradou o gosto dos grigos, e apenas os spin-offs fizeram a viagem para o ocidente.

– Plot e Personagens

Você começa escolhendo entre 4 personagens para o papel do herói do jogo (dois homens e duas mulheres). A aventura começa com o protagonista sendo tirado de sua vida pacata de estudante japonês quando é invocado para o mundo mágico de Lyndbaum! Porem, as coisas não saem tão bem. Ao chegar em um mundo mágico, o herói deveria  se deslumbrar com maravilhosas paisagens coloridas e mágicas do novo mundo! Infelizmente, o que o esperava era um deserto cheio de cadaveres. Extremamente assustado e confuso, o protagonista vai procurar ajuda na próxima cidade que encontra, mas, acaba parando na favela e é atacado por ladrões. Para se defender, ele acidentalmente faz uma invocação destruidora e chama a atenção de uma gang local conhecida como os Flat.

Eles decidem acolher o herói e, em troca, ele emprestará seus talentos quando necessário. O esconderijo da gang é longe de ser um palacio mágico, lindo e conveniente do Mokona. Na verdade, é apertado, sujo e caindo aos pedaços, mas ele logo percebe que o lugar também é um orfanato. Ele é bem recebido e tratado como família pelas crianças, e logo, pelo resto da gang também.

O protagonista aprende que invocações são o único tipo de magia neste mundo, e só os nobres conseguem usá-la. Porem, ter uma invocação significa muito poder. Já não era estranho o bastante que o herói, sendo uma invocação, também tivesse poderes de invocador, tudo piora quando se descobre que ele é o primeiro a ser trazido da Terra. As coisas começam a fazer mais sentido quando uma misteriosa figura se une ao grupo (um dos 3 personagens que você não selecionou será escolhido com base em suas escolhas no início do jogo e tomará uma forma um pouco diferente), essa pessoa também é uma invocadora, e revela que os cadaves no deserto foram resultado de uma cerimonia de invocação que deu muito errado. Essa pessoa se oferece para ajudar o herói a encontrar o caminho de casa, mas, será que pode se confiar nela? É claro que não!

– Mundos

Com exceção do protagonista, todas as invocações do jogo vem de um desses 4 mundos:

– Silturn: Terra das lendas japonêsas, cheia de Yokais, Samurais e Ninjas com poderes místicos.

– Loreilal: Um mundo habitado apenas por máquinas inteligentes. Elas possuem sentimentos e algumas tem corpos tão complexos quanto os dos humanos.

– Sapureth: Mundo espiritual do cristianismo, onde vivem anjos, demonios e espiritos.

– Maetropa: De onde vem criaturas de fantasia medieval, como: Fadas, grifos, unicornios, dragões e muito mais.

– Jogabilidade

Este é um dos pontos mais fortes desse jogo. Eu já joguei MUITOS jogos Tactics diferentes, mas, esse tem a jogabilidade mais sólida e equilibrada que já vi no gênero. Arco-e-flecha acertam o alvo facilmente sem precisar de valores absurdos em destreza/Hit; Defesa e contra-ataque não são habilidades adquiridas e nem são habilidades aleatórias, são uma opção inicial. Você pode escolher se o personagem vai defender e levar apenas metade do dano ou, fazer ele receber ataques em cheio para contra atacar depois; não existe fraqueza Elemental, o que significa: Nenhum elemento obvio para se explorar e “apelar”; Não existem personagens genéricos e nem sistema de “Jobs”. Por isso, você não pode entupir seu grupo com a classe mais poderosa do jogo; O sistema de Level Up foi herdado de Black/MATRIX e é o SISTEMA SUPREMO DE LEVEL UP!! É bem simples: Você tem a liberdade de distribuir toda experiência ganha em batalha entre qualquer membro do grupo, até os que não fizeram nada. Isso quer dizer que você não precisa mais botar seu clérigo pra dar cacetadas na cabeça dos seus colegas de time. Você ainda ganha de 2 a 3 pontos bônus para distribuir como quiser em cada level up! Eu adoro esse sistema e todos os outros jogos deveriam usá-lo. EU FALO SÉRIO!

– Invocações

O sistema de magia também não é nada convencional: Em batalha, você adquire pedras especiais chamadas SummoNites (sacou o trocadilho). Elas vem em 5 cores diferentes, uma pra cada mundo alternativo e mais uma incolor que pode invocar objetos de um lugar não específico (como armas, armaduras, pedras, etc). Você só precisa escolher um acessório como canalizador e usar a habilidade de invocar durante a batalha. Dependendo do item e da pedra usados, você pode fazer contrato com uma nova criatura, encontrar uma espada poderosa ou receber uma pedrada na cabeça. Assim que o contrato for firmado, qualquer personagem que tenha um “Slot” para essa cor de pedra pode equipar a invocação (porem, o dano vai ser baixo se ele não tiver boa INT).

– Simulador de encontro

No início de cada capítulo do jogo, você pode andar pela casa ou explorar a cidade, e conversar com membros do seu time ou outros personagens. No final do capítulo, você pode escolher um personagem do seu grupo para conversar e conhecer melhor. Todos os membros do seu grupo tem nome, personalidade forte, backstory e um objetivo próprio, portanto, essa parte do jogo é realmente muito interessante. Você vai acumulando pontos para cada conversa e, ao zerar, o personagem com mais pontos acumulados vai ganhar um final especifico (apesar de que nem todos são finais românticos).

– Gráficos

Os gráficos ficam na média, mas podiam ser bem melhores. O jogo foi lançado perto do final da vida do PS1 e, depois de alguns mêses, o PS2 chegaria no mercado. Geralmente os ultimos jogos lançados para um sistema são os mais bonitos, mas este fica longe disso, sem contar de que, em alguns momentos, parece que o Snes rodaria o jogo. Mas, pelo menos o jogo não tem nenhum gráfico desagradavel ou mal-feito.

O character designer para todos os jogos da série (exceto os spin-offs) são de Kouhaku Kuroboshi, mais conhecido por seu trabalho na light novel “Kino’s Journey”, e é um artista fenomenal! Porém, já que estava em início de carreira, as artworks desse jogo tem uma qualidade…mediocre. Sua arte vai melhorando muito no decorrer da série.

– Som

O jogo oferece musicas na melhor “qualidade .mid”. Quero dizer que algumas são bem legalzinhas de ouvir, mas outras estão forçando a barra e deveriam ser feitas com instrumentais de verdade. Em geral, ficam na média.

Com exceção das crianças do orfanato, que são dubladas por membros de um grupo de Pop Idols chamado Kira Kira Melody Gakuen, os dubladores são quase todos desconhecidos. Mas nenhum deles faz feio e o jogo não tem nenhum momento embaraçoso por parte das atuações.

– Dismake

No final de abril de 2008, a Bandai Namco relançou os 2 primeiros títulos da série para o Nintendo DS. O resultado não foi muito bom, o que fez os fãs chamarem esse remake de “Dismake”. Outros preferem fingir que essa versão não existe. Foram tiradas todas as dublagens e videos; Um novo mini-game desnecessário, onde deve-se “acariciar” sua invocação, foi adicionado; Dá pra salvar o jogo durante as batalhas, o que facilita “trapaças”; Além do gráfico ter ficado mais feio. Isso mesmo! Esse jogo parece que rodaria em um Super Nintendo, e o DS não consegue emular direito. Ok, isso era de se esperar para aqueles que lembram quão ruim ficou o Resident Evil no portatil. Em defesa dessa versão, tiveram coisas que, de fato, melhoraram: “Cajados” e “varinhas” foram adicionados como um novo tipo de arma (era bem idiota essas armas não existirem antes em um jogo baseado em magos invocadores); Luvas e garras se fundiram em uma unica classe de armas; A classe de armas “botas” foi retirada, o que é ótimo, pois era uma “arma” bem estranha e apenas uma personagem no jogo inteiro a usava; comando por tela-de-toque torna as coisas mais práticas; Alguns inimigos ganharam ataques novos. Mesmo assim, não há muita coisa que vale a pena. Eles deviam ter feito um verdadeiro Remake em um portatil mais poderoso, como o PSP…Okey, espero não ter que morder minha lingua quando os remakes do 3 e 4 sairem no final desse ano.

– Até mês que vem

Final de agosto sai Summon Night 2 na PSN, é quando eu finalmente vou poder re-jogar o jogo que foi o primeiro contato que tive com a série. Um dos melhores da franquia, além de ter minha protagonista favorita. Até lá!

Sobre Benedict

A ovelha negra. Perdeu sua alma quando resolveu seguir o caminho do mal e unir forças com os jogos nipponicos. Durante um ataque dos EUA, por pouco escapou de se tornar um FPS, porém, um de seus olhos foi permanentemente transformado em uma mira laser.
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2 respostas para J-View Special: Summon Night Revival.part-1

  1. Anderson Souza disse:

    Olá, estão de parabéns com o site, comecei a acompanhar o mesmo recentemente, já olhei todos os posts e todos são muito bons (só não tive a oportunidade de ouvir os pod casts ainda). Se pudesse me recomendar alguns jogos de tactics iria agradecer, adoro esse sistema de jogo, mas nunca consigo encontrar um descente para jogar.

    • Benedict disse:

      Obrigado por ler nossos posts e seja bem bindo! Eu recomendo muito Summon Night (minha série favorite de Tactics) e Black Matrix, mas se japones é uma barreira, eu recomendo Jeanne D’arc, a série Disgaea (exceto o 3), Fire Emble Awakening (mesmo que vc odeie a série, JOGUE ESSE) e Final Fantasy Tactics (que vc provavelmente já jogou, mas só pra garantir)

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