Para ser sincero, é impossível eu não ser parcial em uma review de Saints Row. Sou fã da série. Embora seja tecnicamente um jogo inferior a GTA4, Saints 2 foi de longe meu Sandbox preferido. Com a chegada do terceiro, estava cheio de espectativa, e no fim das contas devo dizer que acabei muito feliz com o resultado.
A verdade é que o mundo dos games está cada vez mais virando uma grande central de simuladores. Nada contra jogos realistas, tenho minha lista de aprovações entre eles também, mas definitivamente sinto que estamos em uma época em que a diversão anda sendo esquecida para tornar os games complexos e parecidos com a vida real.
Saints Row é divertido. Simples assim. Fazia tempo que um jogo não me divertia tanto. E não falo só da sensação agradável de jogar um game legal. Eu realmente ri um bocado com a bizarrice dos eventos e a maneira esdrúxula como os personagens reagem a eles.
O gráfico evoluiu muito. Foi de jogo feinho para um dos que ficam mais bonitos no PC do que nos consoles já quase ultrapassados pelo poder gráfico exigido pelos desenvolvedores. A cidade é gigantesca, e ainda assim, detalhada. Nenhum Witcher 2, é verdade, mas nada mal.
A customização é bem variada. Tem roupas de tudo que é tipo, carros podem ter peças trocadas e pinturas refeitas, armas podem ser evoluidas, etc. Mas o melhor mesmo é o personagem principal. Você pode escolher um pré montado para acelerar o processo, e depois reformulá-lo totalmente. Se isso não basta, você escolhe a voz. E o mais supimpa, isso altera a personalidade dele, mudando falas durante o jogo. Não existe um sistema de conversa elaborado, é verdade, mas alguns RPGs deviam seguir o exemplo para dar ainda mais vida e identificação ao protagonista.
O som é ótimo. A dublagem muito bem feita, e cheia de vozes conhecidas. Temos Burt Reynolds (e você achava o prefeito de Quahog legal…), Hulk Hogan, o coreano do Lost, Sasha Grey (não linkada devido a faixa etária do blog… Ok, eu espero você voltar) entre vários dubladores legais. A trilha sonora é fodástica. Correr contra o tempo para salvar as garotas da gangue, em meio a balas e explosões ao som de “I need a Hero” foi tão empolgante que me senti o próprio Johnny 5!
A jogabilidade deixa um pouco a desejar. Quem não está acostumado com a mira fixa eterna no meio da tela e o movimento não tão preciso do personagem terá problemas sérios até aprender, e depois fica meio ridículo. Eu acertei um head shot de pistola num sniper… Com alguns upgrades, você estará fazendo júz ao título do personagem, andando na direção de inimigos no meio do tiroteio “like a boss“. Só não pense em trocar de arma rápido, trocar de arma sucks nesse jogo.
Os carros são fáceis de dirigir, nada de simulador aqui colega. Você achava incômodo ficar consultando o GPS? Seus problemas se acabaram-se! Saints 3 vem equipado com imensas sinalizações luminosas na rua mostrando o caminho. Bizarro, mas lá pelo meio do jogo eu não sabia como tinha vivido sem isso antes.
Se você achava chato ficar fazendo atividades aleatórias no jogo anterior para ganhar respeito e poder participar das missões principais, aqui isso mudou. No começo do jogo, você fará uma de cada como parte do enredo, e depois nunca mais terá problemas. Respeito agora funciona como XP, permitindo upgrades ao personagem e à gangue. A única desvantagem é que o jogo ficou menor que eu esperava. Algo em torno de dez horas.
Resumindo, foram dez horas de muita diversão. Se possível, dê uma chance aos saints, na pior das hipóteses você deve rir um bocado. Mal posso esperar pelo quarto jogo.
Gostei do enredo mas a jogabilidade deixa muito a desejar, mas tem ate uma missao com a moto do tron