Aqueles que me conhecem sabem que a cerca 6 meses atrás eu comprei um iPod, meu gadget de estimação.
Poucos sabem, no entanto, que eu o fiz não para ter um player de arquivos de som e video de ultima geração, nem para ter acesso a internet sempre que estivesse próximo de uma conexão Wi-Fi dando sopa. Meu iPod foi comprado exclusivamente para se tornar meu novo video-game portátil (uma longa história que começou com um joguinho de menos de 10MBs).É verdade que hoje em dia ele já adquiriu novas e importantes funções para a minha pessoa, mas ele continua servindo como meu minha plataforma de games de bolso. Assim sendo,decidi dividir com os leitores meus jogos preferidos para os aparelhos iOS.
10- 774 Deaths
774 Deaths é um jogo da Square Enix bem diferente do que normalmente se espera da empresa. Aqui não temos um RPG com gráficos incríveis e uma estória viajada como de praxe, mas sim um jogo de plataforma que trás 33 estágios e se foca em um grupo um tanto específico de jogadores… os masoquistas.
Como o próprio jogo anuncia em suas propagandas, ”são mais de 74 horas de jogo” e ”mais de 774 maneiras de morrer”. Aqui a chave é tentativa e erro, e acredite, você VAI errar… MUITAS VEZES!
O jogo é brutal e chega a ser sacana muitas vezes. Só é recomendado para pessoas que realmente curtem um desafio mais pesado. Vá fundo se você curte jogos como Dark Souls, Kaizo Mario World e I Wanna Be The Guy.
9- Zombie Panic in Wonderland Plus
Algo estranho está acontecendo no País das Maravilhas. Gnomos perfumados tem surgido, transformando os outros habitantes de Wonderland em zumbis. Agora cabe aos personagens de contos infantis Momotaru, Dorothy, Branca de Neve, Alice e Chapeuzinho Vermelho descobrirem de onde estão vindo estes seres infectados, parar a contaminação e explodir muitos zumbis no caminho. Whatever a estória, apenas divirta-se
O jogo é um shooter bastante simples, você aperta aonde deseja atirar na tela. Para andar de um lado para outro da tela é só inclinar seu iDevice para o lado que deseja ir. Caso algum inimigo tente ataca-lo basta passar o dedo na horizontal para que o personagem se esquive. É possível encontrar armas mais fortes no cenário, porém estas tem balas limitadas então é bom calcular bem quando usa-las.
O character design é sensacional. Cada fase do jogo representa um conto diferente e os zumbis surgem tematizados de acordo. Os gráficos também ajudam bastante nessa ambientação, já que são muito bonitos e coloridos.
Algumas músicas da trilha sonora podem ficar repetitivas depois de um tempo, primeira fase em especial. Mas ela é bem ”catchy” e você a estará cantarolando com poucos minutos de jogo.
Com tantos pontos positivos, por que diabos este jogo está tão abaixo neste Top 10? Bem, ele se utiliza de uma técnica bem escrota para arrancar sua grana. O jogo se apresenta como ”Grátis”, mas é absolutamente injogável sem que você tenha que desembolsar uma certa grana, que pode ser BASTANTE se você quiser destravar todo o conteúdo do jogo….
8- Hero Academy
Representante tanto dos Multiplayers Online quanto dos jogos de Estratégia nesta lista. Em Hero Academy você deve comandar seu exército contra o exército do jogador oponente, visando destruir os cristais de energia do mesmo ou dizimando sua tropa.
Eu nunca fui muito fã de jogos de estratégia, mas as mecânicas aqui são tão fáceis de se aprender que em pouco tempo em já estava participando de várias partidas simultaneamente . A cada turno você tem direito a 5 movimentos que podem ser utilizados para mover suas unidades, dar buffs a elas ou atacar unidades adversárias. Como o jogo não ocorre em Real Time você tem bastante tempo para pensar e repensar nas suas jogadas, o que na minha opinião torna o jogo ainda mais estratégico.
Até o momento existem 4 times que você pode escolher no jogo, O Conselho (Humanos- time que vem no jogo e não requer dilmas para ser habilitado), os Elfos Negros, os Anões e A Tribo (Orcs). No geral os times são equilibrados, apesar de eu achar A Tribo meio quebrada, mas isso pode ser arrumado em atualizações futuras, que ocorrem com frequência para esse jogo.
7- Backstab
Para aqueles que não conhecem, a Gameloft é uma empresa de jogos especializada em games para telefones e afins. Ela é especialmente conhecida por fazer ”clones” de franquias famosas para iDevices. Entre as franquias ”homenageadas” temos Call of Duty, Halo e até World of Warcraft possuem jogos que emprestam seus visuais, mecânicas e temas. No entanto, fazer uma cópia barata de jogos de sucesso qualquer um é capaz, o que diferencia a Gameloft é que ela é bem competente no seu trabalho e seus jogos são impressionantemente bons. O que nos leva à Backstab, ou, como gosto de chamar, ”O Assassin’s Creed com Piratas”.
Henry Blake, um membro da marinha Real é traído por um amigo e é acusado de traição. Perdendo sua mulher e tendo sido condenado à morte, Blake torna-se um pirata e parte em busca de vingança contra aqueles que o ”apunhalaram pelas costas”. Verdade seja dita, a estória é bem cliché e, até onde cheguei não houve nenhum grande plot-twist, mas não é a trama o forte do jogo.
Você vai se engajar em combates contra inimigos com seu sabre ou sua flintlock, roubar e montar em cavalos, passar correndo e empurrar as pessoas ao seu redor e, o mais importante, fazer aquele ”L e Parkour” esperto.
6- The King Of Fighters- i 2012
King of Fighters é uma série que já teve altos e baixos… e que baixos. Depois de anos sendo a melhor franquia de jogos de luta de todos os tempos (CHUPA, CAPCOM!), KoF enfrentou sérios problemas quando a SNK declarou em falência. Depois de uma novela digna de SBT, a empresa se reergueu como a SNK Playmore, e com tal retorno triunfal os fãs esperaram por nada menos que um comeback da franquia amada na mesma proporção… e sejamos sinceros, estamos na espera até hoje.
Depois de anos sem um jogo decente, qual não foi minha surpresa quando dei de cara com a versão para iOS de KoF. Um jobalidade boa, gráficos lindos, 32 personagens para se escolher, capacidade de engajar em pelejas via wi-fi com pessoas de todo o mundo e aquela porrada rápida e marota da qual eu senti tanta falta durante anos. Sem dúvidas um ”must have” para todos os fãs, não apenas da série em si, mas para todos que curtem jogos de luta.
Esta versão do jogo foi lançada semana passada, e chegou na voadora roubando a posição que até então pertencia à Marvel vs Capcom 2 como meu jogo de luta favorito para iOS (mas que continua sendo um ótimo jogo que eu recomendo).
5- Cliffed XL
Alguém já disse que, às vezes, quanto mais simples melhor.
Cliffed XL não possuiu segredo, basta você continuar descendo pelo cenário, tentando evitar ser imprensado pelo cenário, ou ”Cliffed” como o próprio nome indica. O objetivo é sobreviver o máximo de tempo, chegando ao mais fundo possível, desta forma marcando mais pontos, que podem ser upados para o ranking mundial. E é com esta proposta simples que surgiu um dos jogos mais viciantes com o qual tive contato nos últimos tempos .
Se ficar simplesmente tentando superar recordes não lhe agrada você também pode participar de partidas multiplayer com até 4 jogadores ao mesmo tempo, através de conexão wi-fi. Neste caso, diferente do modo Single Player, o percurso tem um final, então não basta simplesmente sobreviver. Aqui você terá que ser mais rápido que os demais jogadores para poder vencer e aumentar seus pontos.
O jogo possui vários personagens destraváveis, que em nada mudam a jogabilidade, mas já é um incentivo para conseguir mais pontos.
4- Papa Sangre
Se você tiver que escolher apenas um, dentre todos os jogos desta lista para testar, este é o jogo. Papa Sangre é além de um jogo fantástico, uma experiência diferente de qualquer outra que você já teve com jogos.
Em Papa Sangre você é uma pessoa cega que acaba indo parar no mundo dos mortos e deve utilizar-se apenas de sua audição para escapar de salas repletas de monstros. Isso mesmo, é um jogo sem imagem e que deve ser jogado de fones de ouvido e olhos fechados.
É incrível como o jogo consegue criar uma ambientação crível e muitas vezes sinistra, apenas utilizando-se do que você pode ouvir. Um dos maiores medos que temos é daquilo que não podemos ver, e os criadores do jogo souberam exatamente como nos guiar por este excelente survival horror auditivo.
Você não possui qualquer tipo de arma, nem sequer pode revidar, só o que pode fazer é se virar, passando o dedo horizontalmente pelo aparelho, e andar, clicando alternadamente na parte direita e esquerda da tela do mesmo. Mas cuidado ao tentar andar rápido demais, pois poderá tropecer e cair, um erro que pode custar sua vida…
3- Terra Noctis
Allen é um pesadelo, mas não é muito no que faz. Um dia, ao falhar em uma prova de susto, ele encontra um livro que diz que ”aquele que comer o Coração do Pesadelo Mais Assustador irá tornar-se o Mais Assustador”. Decidido a tornar-se um grande pesadelo, Allen parte em uma jornada em busca do Pesadelo Mais Assustador.
Terra Noctis é um jogo de plataforma simples, mas extremamente bem feito. A jogabilidade é fácil, os controles respondem perfeitamente, os gráficos são muito bonitos e até a Trilha Sonora é legal. Este não é um jogo revolucionário, mas é tão bem executado que não deve em nada para os jogos de plataforma mais clássicos como Mario e Sonic.
2- Beat Hazard
A ”Epilepsia de Bolso”, Beat Hazard é um jogo que nasceu para um dispositivo como o iPod/iPhone. Ele lê sua biblioteca de músicas, sincroniza e, por fim, permite que você jogue utilizando-as como trilha sonora para o jogo. Parece pouco? Pode até ser, até o momento em que você descobre que Beat Hazard é um Bullet Hell onde os inimigos surgem de acordo com o ritmo da música que está tocando ao fundo.
Cada música que você tem em sua biblioteca torna-se uma fase e quanto mais frenética for a música, maiores serão os números de inimigos e explosões que acontecerão. Músicas como Through the Fire and Flames e Sky of the Universe tornam-se desafios dignos de jogadores de Touho.
O jogo funciona com um sistema de analógico virtual duplo, o da esquerda controla sua nave, enquanto o da direita controla seus tiros. É possível fazer upgrades em sua nave, utilizando os pontos que você consegue ao completar as músicas, podendo-se comprar mísseis, escudos, bombas e até tiros mais poderosos. Também há diversos achievements para aqueles que curtem um bom desafio. Quem gosta de jogos de tiro e de música precisa jogar.
Game Dev Fucking Story! Lembram-se que lá no começo eu comentei sobre eu ter comprado meu iPod por causa de um jogo com menos de 10MBs? Pois então, este aqui foi o culpado.
Em GDS você é o dono de uma empresa de jogos iniciante e deve conduzir-la para tornar-se uma das gigantes do mundo dos games. Para alcançar este objetivo você deve; fazer trabalhos terceirizados para arrecadar verba para seus próprios projetos; contratar uma equipe competente com especialistas em áreas distintas e treina-los para que estejam sempre melhorando; criar seus próprios jogos, podendo escolher entre diversos temas e gêneros e, caso ele venha a fazer sucesso, transforma-lo em uma franquia sugadora de grana; participar de convenções para aumentar a popularidade da empresa, gerando mais fãs que compraram seus produtos; criar seu próprio console e torna-lo o mais bem sucedido de todos os tempos; etc.
Apesar disso tudo soar complicado o jogo é bem simples e não demora muito para pegar todo o jeito da coisa (ui). Difícil mesmo é parar de joga-lo, uma vez que o jogo é incrivelmente viciante e você não vai querer parar até que tenha conseguido lançar um jogo de sucesso.
GDS também trás diversas referências ao mundo dos games, que tornam toda a experiência bem mais divertida. Poderá você derrotar gigantes como a Intendro? Para qual plataforma você desenvolverá seus jogos, PlayStatus ou MicroX? Quem você deve contratar como empregado, Grizzly Bearington ou Shigeto Minamoto?
Uma premissa boa, gráficos estilizados e uma jogabilidade simples e fácil de se dominar. Tudo isso faz de Game Dev Story meu jogo preferido para passar o tempo quando estou com meu iPod.
Pô panda, tinha HxH pra “GameSwan”, eu também jurei que vingaria…
O que não faltava eram jogos de animes. Pena que nunca vieram pra cá. Eu realmente simpatizo com o GameSwan.