Neste primeiro Walikng Thru, mostrarei minha experiência jogando o jogo que todo mundo e suas avós já jogaram, menos eu: Shadow of the Colossus.
Objetivo da coluna: Jogos que são antigos, conhecidos, sobre os quais um review não faria sentido, já que boa parte dos gamers hardcore ou já conhece bem ou até mesmo já zerou, contudo que passaram desapercebidos pela vida do “reviewezor” até o momento. Desta forma, ao invés de um review, nesta coluna mostraremos mais a nossa experiência pessoal com o jogo, para que você, que também o jogou ou conheceu o jogo, possa se lembrar da sua própria experiência com o jogo, comparar experiências ou simplesmente para poder dizer “ai que burro dá zero para ele”.
Pois bem, inicialmente, tenho uma confissão a fazer: no período que vai de 2002 até o início de 2006, eu traí o movimento gamer hardcore, véio. Eu não joguei praticamente nada neste período. Para você ter uma idéia, fora partidas de CounterStrike, os únicos jogos que eu zerei neste período de quase 4 anos cabem nos dedos de uma mão (se você for um mutante ou algo assim): Eternal Darkness, Devil May Cry, Final Fantasy X, Xenosaga, Zone of The Enders 2, Shen Mue 2. Desta forma, muitos, mas MUITOS jogos bons da era Playstation 2 passaram batido na minha vida (o próprio God of War só fui jogar na versão collection).
Pois bem, desta forma, como esperado, não tive a oportunidade de jogar Shadow of the Colossus, jogo que é tido por muitos como um dos (se não O) jogo mais foda dentre todos os foda. Cheguei a conhecer o ICO antes do meu período de vacas magras gamer, então não duvidava das habilidades do mesmo time de criação. Por isso mesmo, assim que abriu pre-order garanti a minha cópia do ICO/Shadow of the Colossus HD Collection (um dia escrevo um post sobre como melhor comprar no exterior), e vou compartilhar minha experiência com ele com vocês.
Pois bem, minhas primeiras impressões do jogo: Mesmo sendo uma remasterização em HD, Shadow of the Colossus é visivelmente um jogo de PS2, com texturas em resolução baixa e muito pop in. Contudo, já se pode ver que a direção de arte do jogo é primorosa (mesmo com tudo sendo meio esverdeado), com paisagens longas e belas e um senso de escala incrível. Já a trilha sonora é epicamente incrível, e mesmo já tendo ouvido-a no Video Games Live, ainda assim ela me causou um impacto tremendo durante as lutas, além de ter garantido seu lugar como meu ringtone (vulgo toque) atual.
Outra coisa que estranhei inicialmente foi a movimentação. O personagem principal anda de um jeito meio estranho e seus pulos as vezes parecem meio sem peso. Isso sem falar no cavalo, que as vezes parece estar pegando “caboco” e vai para tudo quanto é direção, menos para a que você manda. Estranho também é pular no botão triângulo e chamar o cavalo no X, mas aí é uma questão mais de costume mesmo.
Então, vamos ao que interessa (pelo menos eu acho que interessa):
Colossus 1
Depois de ouvir a divindade ou o que for lá dizer que eu tenho que matar uns bichos aí para ressucitar a piranha lá (desculpe, estava meio distraído nesta parte da história), o jogo começa. Após ativar o GPS da espada, rapidamente chego ao primeiro Colossus. A primeira coisa que penso é “Não é tão grande quanto imaginava pelo que tinha ouvido falar”. Esta luta pelo visto é basicamente um tutorial. Demorei um pouco para pegar a manha de subir na perna dele, pois ia pelo lado da frente onde haviam algumas pedras, e não pelo lado peludo. Depois, foi só alegria. Subi e rapidamente matei o bicho. Espada na mão, Colossus no chão, parafraseando aquele grande clássico da música popular brasileira:
Contudo, já deu para perceber uma coisa: a mecânica de te obrigar a manter o R1 apertado para segurar no Colossus é uma ótima sacada, e muito melhor do que um “aperte para segurar, aperte de novo para soltar”. Da maneira que foi implementado, a imersão aumenta, e muito. Aquele seu dedo não segura apenas um botão, mas sim o seu herói nas costas do Colossus que se debate. Se soltar este botão, mesmo que apenas por um instante, isto pode ser a diferença entre a vida e a morte de seu herói. Adicione isto à barra de Stamina, que lhe obriga as vezes a soltar o Colossus para descansar, e então você tem um sistema para deixar o jogador tenso durante todo o percurso sobre o Colossus a ser assassinado.
Colossus 2
Depois do herói ser penetrado por tentáculos negros (regra 34), volto ao hub central e uso de novo o GPS, que mostra que o próximo bicho está em uma prainha ali perto. Este segundo Colossus pode ser considerado uma continuação do “tutorial”, mostrando que você tem um arco e flecha. Contudo, tudo é muito discreto. O jogo não ensina muito, então acredito que os primeiros minutos de um jogador frente a um colossus novo sempre acabem sendo “Como diabos faço para subir neste troço”. Não basta ver que embaixo da pata é o ponto fraco, tem que descobrir que tem um ataque específico do colossus que deixa ele bem visível e vulnerável para você. No geral, após descobrir como atacar o ponto fraco, subir nele e matá-lo foi relativamente simples.
Colossus 3
Agora sim começa a haver alguma dificuldade nas batalhas contra os Colossi. Inicialmente, como de praxe, tentei subir no Colossus pelas pernas, mas a espécie de pilastra que ele tinha na mão me dava uma boa idéia de que seria por alí que eu iria subir. Contudo, o filho da puta só usava o ataque de fincar ela no chão, que eu não consegui usar para subir. Só depois de um bom tempo que ele finalmente usou o seu outro ataque, que eu prontamente utilizei para subir no seu braço. Chegando lá, e agora? Nenhum caminho aparecia. Depois de tentar de tudo, até pular do braço para o tronco, e cair várias vezes, aparece a dica “a armadura dele parece meio gasta”. Nossa, que bom! Agora com isso eu posso… eu posso… bem, continuar na dúvida. Depois de mais um tempo tentando, fiquei por um acaso esperando o ataque dele em cima da pedra no meio da “arena” e pronto! O ataque dele bate na pedra e quebra o bracelete dele. Filho da Puta! Era só isso? Então agora tá “fácil”.
Burramente, eu tentei ir primeiro rumo ao alvo na cintura dele (sempre inconscientemente começando pelo alvo mais difícil) PELA FRENTE ao invés das costas, sendo que por ali as chances de errar eram muito altas. E aí acontece o pior possível: Eu acerto de primeira. Depois de varios golpes, acabo sendo derrubado enquanto descansava, e então, como esperado, tento voltar pelo mesmo caminho, que só deu certo por acaso. Perco mais um bom tempo tentando e errando a queda até acertar por sorte de novo e “matar” o primeiro alvo. Faltava agora só o segundo, atrás da cabeça. Desço e fico esperando o golpe para subir novamente. Espero, espero, espero e nada! Ele faz tudo, menos dar o golpe que preciso. Quando ele finalmente dá, sou derrubado ainda quando estou subindo! Putamerda, falando sério: Nessa brincadeira levei uns 20 minutos só para subir nele de novo. Depois de subir, papaya with sugar, rapidamente terminei de matá-lo.
Cansado de tanto ficar esperando pelo maldito Colossus, decido que é um bom ponto para parar e deixar o resto para as próximas jogadas (e escrever esta coluna). Até lá.
PS. Uma dica: Se você tem o ICO/Shadow of the Colossus collection, saiba que a capa dele é reversível, ou seja, você pode trocar aquela capa com cara de panfleto genérico pelas capas originais dos dois jogos, que são MUITO mais bonitas
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