É desnecessário falar do sucesso que é a franquia Pokemon. Seus jogos principais continuam sendo sucesso de critica e de publico, Spin-offs inusitados não param de surgir (Nobunaga’s Ambition? Really!?) e os produtos licenciados continuam gerando lucros insanos. Desta forma, não parece haver razão alguma para um jogo da série figurar em uma coluna voltada para jogos obscuros e esquecidos, correto? Bem…

E você pensando que conhecia todos os jogos de Pokemon, hein?

Como todo produto bem-sucedido que se preze Pokemon não só “capturou” (hã? hã?) as mentes dos jovens, como também chamou a atenção do mercado paralelo e logo apareceram dezenas de Pokemons piratas nas lojas, prontos para enganar pais, avós e tios desavisados que deixam para comprar presentes de ultima hora.

”Aqui filho, o PikAAAAAARRRRRRRRR!chu que você queria.”

Oque faz Pokemon Stadium (Super Nintendo) se destacar de tantos outros jogos piratas é o trabalho que foi colocado nele. Enquanto grande parte dos bootlegs da série apenas substitui alguns sprites de outros jogos pelos monstros de bolso, este parece ter sido feito do zero.

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Jogo: Pokemon Stadium
Plataforma: Super Nintendo
Gênero: Luta (?), Simulação (?), YuYu Hakusho.
Jogadores: 1-2
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-Modos de jogo-

Por ter sido (supostamente) programado por um time de 6 chineses, em um porão escuro e ganhando apenas água e pão dormido como pagamento, o jogo carece de modos, tendo apenas duas opções:

Arcade Moe-

Não se deixe enganar pelo nome, não há nada ”Moe’‘ para ser visto aqui (Viva o ENGRISH!). Apenas siga enfrentando outros Pokemon até conseguir derrotar todos. A ordem é definida pelo personagem que você escolheu e não existe nenhum tipo de chefe final

VS Mode-

Tire um x1 contra um amigo. Simplesmente o modo versus obrigatório de qualquer jogo luta para você descobrir quem de seus amigos é o melhor mestre Pokemon… só que não.

-Gameplay-

Aqui shit hit the fan com força. Os mais atentos devem ter notado que no gênero do jogo eu coloquei “YuYu Hakusho“. Para os que não conhecem, não vou queimar cartucho agora (reviews futuras), mas o sistema deste Pokemon é como se fosse uma versão (extremamente) simplificada dos jogos do Detetive Espiritual. Uma vez que um combate se inicia você deve pressionar o direcional para baixo. Quanto mais tempo você o mantém pressionado maior será a energia carregada. Uma vez que tenha carrega energia suficiente para um ataque aperte ”A”, e selecione o ataque, bem simples.

Se seu oponente conseguir atacar antes de você lhe será dadas duas opções; a primeira é se defender, cuja eficiência depende do quanto de energia você tem guardada; a segunda é esquivar-se, sendo que neste caso uma barra horizontal surgirá e uma ponto ficará correndo de um lado para o outro. Para ter sucesso na esquiva é preciso apertar o botão com o ponto o mais próximo possível do meio, o que é mais difícil com ataques mais fracos, que fazem o ponto ficar extremamente rápido, e mais simples com ataques mais poderosos, que são bem lentos.

Esta jogabilidade incrivelmente simples acaba sendo um dos pontos mais fracos do jogo. Depois de pouco tempo as batalhas contra o computador tornam-se monótonas, e batalhas entre jogadores acabam podendo se estender por horas devido ao sistema de esquiva (não, não estou de sacanagem, eu perdi UMA HORA em uma partida contra uma amigo).  Mesmo assim, Pokemon Stadium de Snes é um jogo que vale à pena ser conhecido, seja pelos gráficos (alguns dos monstros estão realmente bem representados; outros nem tanto), pelo ideia bizarra, pelos nomes sensacionais e sem explicação alguma como ”Dogas” (O que? Estavam com medo de serem processados se usassem os nomes originais!?)  ou simplesmente pela curiosidade de como um jogo da série poderia ter funcionado no console 16-bits da Nintendo.

”DOGAS, MANOLO!”